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APRAM paga 14 mil euros por estudo para reduzir fatura energética até 25%

O estudo terá como propósito melhorar a eficiência energética dos edifícios da Gare Marítima do Porto do Funchal, Gare do Cais 6, Centro Náutico de São Lázaro e Cais 8.
19 Abril 2024, 18h41

A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) encomendou um estudo, pelo qual vai pagar 14,9 mil euros, com o objetivo de reduzir a sua faturação energética entre 20% a 25%. Isso significaria uma poupança entre os 2.300 e os 2.800 euros, todos os meses, para um custo de eletricidade mensal médio de 11.500 euros.

O estudo terá como propósito melhorar a eficiência energética dos edifícios da Gare Marítima do Porto do Funchal, Gare do Cais 6, Centro Náutico de São Lázaro e Cais 8.

A presidente do conselho de administração da APRAM, Paula Cabaço, prevê uma poupança anual na ordem dos 35 mil euros.

“O nosso compromisso com o ambiente e com a sustentabilidade é muito sério, e este é mais um passo no sentido de tornarmos os Portos da Madeira mais eficientes em termos energéticos, com ganhos ambientais e económicos”, disse Paula Cabaço.

A APRAM sublinha que o estudo vai analisar as características construtivas dos imóveis e os consumos energéticos relativos aos diferentes usos: “iluminação, aquecimento, ventilação e ar condicionado, equipamentos informáticos e eletrónicos”.

Os trabalhos já se iniciaram, confirmou a administração dos Portos da Região, e devem prolongar-se por três meses.

Paula Cabaço sublinha que o estudo será um instrumento de trabalho “essencial” que vai permitir “estimar os custos de investimento necessários para aumentar a eficiência energética” das infraestruturas portuárias no Funchal.

O estudo vai apresentar também um relatório com um conjunto de medidas para a “redução do consumo de eletricidade e a sinalização das áreas a intervir”, sublinhou a APRAM, e também “uma estimativa dos valores de poupança anual perante a implementação das medidas apresentadas”.

Paulo Cabaço referiu que a importância deste processo “não se resume ao fator económico, pois está enquadrado na nossa política de sustentabilidade ambiental, que assenta na eficácia energética e na descarbonização dos portos”.

A responsável pela APRAM referiu o envolvimento da entidade que gere os Portos da Região no SHIFT2DC e o Green Ports Madeira, sendo o primeiro um projeto financiado com mais de 11 milhões de euros pelo Programa Horizonte Europa, que tem como objetivo promover alternativas de energia económicas e sustentáveis.

O Green Ports Madeira envolve um investimento de 700 mil euros, com o intuito de estudar a viabilidade e o impacto do desenvolvimento de infraestruturas de Onshore Power Supply (OPS) e de descarbonização nos portos.

“As OPS vão possibilitar, por exemplo, que os navios atracados desliguem os seus motores ligando-se à rede elétrica, sem interrupção do funcionamento das máquinas e dos serviços de bordo”, explicou a entidade gestora dos Portos da Região.

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