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Armando Vara: “Na altura, créditos eram pão nosso de cada dia”

O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, Armando Vara, está a ser ouvido na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco.
14 Junho 2019, 15h54

Quando Constança Urbano de Sousa confrontou Vara com o empréstimo do grupo Lena para comprar a Abrantina, o ex-ministro respondeu: “Havia algum cuidado dos administradores da Caixa não se porem a discutir uns com os outros em frente às direções. Isso daria uma ideia de divisão na Caixa. Não me lembro de ninguém ter suscitado algum problema”.

“Eu assumo todas as responsabilidades”, naquela altura e agora, acrescentou. O antigo administrador da CGD disse ainda que “na altura, créditos eram pão nosso de cada dia”.

Armando Vara – que se encontra detido desde janeiro deste ano após condenação no processo Face Oculta – foi nomeado administrador da CGD em 2006, para a equipa presidida por Carlos Santos Ferreira, tendo ambos depois transitado para o BCP em 2008.

O também antigo ministro Adjunto e da Juventude e Desporto do segundo governo de António Guterres é um dos 28 arguidos da Operação Marquês.
Dos arguidos deste processo, foram já ouvidos na comissão parlamentar de inquérito à CGD Joaquim Barroca (ex-administrador do grupo Lena) e Diogo Gaspar Ferreira (ex-administrador de Vale do Lobo).

Em 29 de maio foi dado a conhecer que o ex-primeiro-ministro José Sócrates, também arguido na Operação Marquês, responderá por escrito às questões dos deputados da comissão.

Na Operação Marquês estão também envolvidos Ricardo Salgado, Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Bárbara Vara (filha de Armando Vara), Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

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