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Arrendar um estúdio em residência de estudantes em Lisboa pode custar até 1.600 euros

No Porto arrendar um estúdio varia entre os 450 euros e os 900 euros e em Lisboa as rendas começam nos 650 euros e podem chegar aos 1.600 euros. As duas cidades concentram atualmente 82% do total da oferta.
9 Dezembro 2024, 13h33

Arrendar um estúdio numa residência de estudantes em Lisboa pode custar até 1.600 euros, segundo o estudo ‘The Portuguese Momentum on Student Housing‘ divulgado pela consultora CBRE Portugal esta segunda-feira.

No Porto arrendar um estúdio varia entre os 450 euros e os 900 euros e em Lisboa as rendas começam nos 650 euros e podem chegar aos 1.600 euros. As duas cidades concentram atualmente 82% do total da oferta, com a taxa de ocupação a ser de 98%. Em sentido inverso surgem as cidades de Aveiro, Braga e Coimbra, como as que apresentam uma maior escassez de oferta deste produto.

Em termos de nacionalidades, desde 2020 o número total de estudantes internacionais aumentou 9.5% e os nacionais 1.6%, com o top5 a ser ocupado por estudantes do Brasil, Angola, Guiné, Cabo-Verde e França, tendo saído deste ranking quando comparado com 2023, a Alemanha e Itália.

Este ano o valor previsto de investimento em residências de estudantes é de 200 milhões de euros, destacando-se o processo de venda concluído da Home & Co. Campo Pequeno pela TPG/Round Hill Capital à Xior Student Housing. numa operação assessorada pela CBRE, com um novo recorde em termos de preço por cama (152 mil euros).

Além da Xior Student Housing que detém uma elevada fatia do mercado português (1.700 camas) o setor de Purpose Built Student Accomodation (PBSA) conta ainda com outros cinco operadores principais que em conjunto com a Xior representam 77% da oferta total: Livensa Living (2.500 camas), Nido (1.500 camas), LIV Student (1.200 camas), Micampus (1.000 camas) e Odalys Campus (700 camas).

José Maria Moutinho, Head of Research na CBRE Portugal destaca que “Lisboa é uma das cidades com menor oferta de PBSA em relação à procura na Europa, com uma taxa de aprovisionamento de 3,7% já considerando o pipeline previsto para os próximos dois anos”.

Já em relação ao Porto, o responsável salienta que apesar de ser um mercado mais consolidado, “apresenta também uma taxa de aprovisionamento de cerca de 6,6%, o que é ainda é uma percentagem muito baixa quando comparada com mercados mais maduros, nomeadamente, Amesterdão que regista 22%, Londres com 14,3% ou Dublin com uma taxa de aprovisionamento de 13,1%”.

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