“Arte Britânica – Ponto de Fuga” reúne 46 obras da Coleção do CAM – Centro de Arte Moderna da Gulbenkian e 34 obras da Coleção Berardo (em depósito no MAC-CCB), algumas nunca anteriormente expostas, bem como várias outras de coleções nacionais e internacionais. Esta será a primeira vez que obras pertencentes às duas maiores coleções institucionais de arte britânica em Portugal, se juntam numa única exposição, que pode ser vista na Galeria Principal da Fundação Gulbenkian, entre 14 de março e 21 de julho de 2025.
Entre os 75 artistas representados, contam-se nomes como Antony Gormley, Bridget Riley, David Hockney, Francis Bacon, Frank Auerbach, Marc Quinn ou Rachel Whiteread, entre muitos outros, a par de artistas portugueses como Paula Rego, Bartolomeu Cid dos Santos, Menez, Eduardo Batarda, Fernando Calhau, Graça Pereira Coutinho, João Penalva e Rui Sanches – todos eles procuraram formação em Londres e, alguns, fixaram residência na capital britânica.
“Arte Britânica – Ponto de Fuga” segue uma abordagem temática e não estritamente cronológica, e pretende ser um testemunho visual do impacto que artistas oriundos de várias geografias tiveram na cena cultural e artística do Reino Unido, em particular na segunda metade do século XX, período durante o qual as escolas artísticas britânicas se tornaram importantes polos de atração.
A exposição tem curadoria de Ana Vasconcelos (CAM Gulbenkian) e de Rita Lougares (Coleção Berardo), com coordenação científica de Sarah MacDougall, da Ben Uri Foundation, de Londres, e integra alguns empréstimos internacionais e nacionais de artistas, também eles, deslocados para o Reino Unido, a partir de finais do século XIX, com obras de W. R. Sickert (Museu de Belas-Artes de Rouen) e John Singer Sargent (Museu Gulbenkian, Lisboa), ou, já nos inícios de XX, com pinturas de Alfred Wolmark e Mark Gertler (provenientes de coleções particulares), ou ainda de David Bomberg (Ben Uri Foundation, Londres).
A grande tradição inglesa da paisagem, embora não seja o tema dominante na exposição, estará presente com uma obra de J. M. W. Turner, cedida pelo Museu Gulbenkian.
Está ainda prevista a publicação de um livro de ensaios, em parceria com as edições Tinta-da-China, que abordam os diferentes temas que percorrem a exposição, tomando como “casos de estudo” os artistas portugueses representados em “Arte Britânica – Ponto de Fuga”.
Uma coleção com história
A Coleção de Arte Britânica do CAM reúne atualmente cerca de 450 obras de duas centenas de artistas. Começou a ser constituída em 1959, com as primeiras aquisições concretizadas em março de 1960, sob a tutela do British Council. Após a inauguração do CAM em 1983, foram levadas a cabo novas aquisições, com destaque para as realizadas pela direção do CAM na década de 1980 e, no início dos anos 1990, pela historiadora de arte Lynne Cook.
As obras desta coleção passaram a ser expostas com mais frequência desde o ano 2000, integradas em exposições com grande número de artistas portugueses. As mais recentes aquisições ocorreram em 2017, dois filmes de Emily Wardill, artista residente em Portugal, e, em 2019, um conjunto de fotografias e um filme do artista londrino Graham Gussin, que realizou estes trabalhos na sequência de uma residência artística nos Açores.
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