A ASAMBI – Consultoria Ambiental, empresa especializada em programas de monitorização ambiental e avaliação da qualidade ecológica de massas de água, alertou, na segunda-feira, para o “desconhecimento generalizado” da legislação que obriga à existência de Planos de Prevenção e Controlo da Legionella e à respetiva monitorização trimestral obrigatória.
“Estes planos e análises são obrigatórios em todas as instalações com sistemas suscetíveis de gerar aerossóis de água, incluindo: Balneários de empresas e ginásios com redes de água quente; Sistemas de extinção de incêndios; Sistemas de rega e fontes ornamentais; Unidades de tratamento de ar e torres de refrigeração; Linhas de água em clínicas médicas e unidades de odontologia”, refere a empresa, sublinhando que a legislação aplica-se a hotéis, empreendimentos turísticos, fábricas, ginásios, clínicas, consultórios dentários, lares, hospitais e outras instalações de uso público, independentemente de serem de natureza pública ou privada.
“Muitas entidades desconhecem que esta obrigação legal não se restringe a hospitais ou hotéis. Qualquer sistema que gere aerossóis de água pode representar um risco real de contaminação por Legionella”, reforça o CEO da ASAMBI – Consultoria Ambiental, António Serafim.
“Muitos responsáveis também não sabem que, por exemplo, os depósitos de água quente devem manter uma temperatura mínima de 60 °C, entre outras medidas essenciais de prevenção. É um problema silencioso: a bactéria pode proliferar em sistemas de água que não tenham uma manutenção adequada e causar surtos com graves consequências para a saúde pública”, reforça António Serafim.
“A Legionella é uma bactéria que se desenvolve em ambientes aquáticos, particularmente em águas quentes estagnadas ou com temperaturas entre 25 °C e 45 °C. A infeção ocorre pela inalação de pequenas gotículas de água contaminada (aerossóis), libertadas por duches, torres de refrigeração, sistemas de ar condicionado, jacuzzis ou outras fontes de água. Quando inaladas, estas gotículas podem causar Legionelose, uma infeção pulmonar grave que, em casos severos, pode evoluir para pneumonia e ser potencialmente fatal. Os grupos de risco incluem pessoas idosas, fumadores e indivíduos com imunidade comprometida. Nos últimos anos, vários surtos de Legionella registados em Portugal resultaram em hospitalizações e até mortes, evidenciando a importância do cumprimento rigoroso das normas de prevenção e controlo”, explica a empresa sobre o que é a Legionella e os seus perigos.
A empresa apela a que todas as entidades com sistemas prediais de distribuição de água quente “implementem planos de controlo e realizem a monitorização laboratorial trimestral, garantindo a conformidade legal e a segurança” de colaboradores, utentes, hóspedes e visitantes.
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