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Asiáticos gastam 1,6 vezes mais em compras do que outros turistas

Até 2030, 30% dos turistas internacionais serão de origem asiática (essencialmente chineses), de acordo com um relatório da consultora norte-americana Oliver Wyman.
  • REUTERS/Kim Hong-Ji
11 Maio 2019, 11h27

Em 2017, existiam 1,3 mil milhões de turistas em todo o mundo, um número que contrasta com os 25 milhões em 1950 e se aproxima das previsões da Organização Mundial do Turismo para daqui a apenas quatro anos: 1,8 mil milhões. A conclusão é do relatório “The Experience Revolution – What matters for the future of tourism”, elaborado pela consultora norte-americana Oliver Wyman.

Segundo este estudo, metade (50%) das pesquisas de viagens online fazem-se a partir do telemóvel, gerando 25% do lucro em viagens, e 30% do valor de mercado das 30 principais empresas digitais advém de plataformas como o Airbnb, a Uber ou a HomeAway. Ainda assim, os especialistas aconselham os agentes de mercado aproveitar os desafios e a vê-los como oportunidades para que redefinam a sua “proposição de valor único” e desenvolvam “ofertas verdadeiramente diferenciadas”.

“O crescimento do turismo mundial está a ser acompanhado por novas tendências, como experiências digitais, redes sociais e economia partilhada. Essas mudanças terão um impacto importante no turismo e na indústria, assim como os desafios do desenvolvimento sustentável e da preservação do património, que se estão a tornar cada vez mais complexos”, referem os autores.

A análise a esta indústria defende que, até 2030, 30% dos turistas internacionais serão de origem asiática (essencialmente chineses), porque, apesar de, historicamente, estes turistas se concentrarem em fazer compras e visitar cidades mundialmente famosas, mostram cada vez mais interesse em experiências alternativas.

Perante estas previsões, a Oliver Wyman refere que os diferentes players turísticos estão a começar a usar e a implementar tecnologias chinesas, para garantir a melhor experiência para estes turistas e ajudar a expandir fintechs locais no Ocidente. E dão exemplos de acordos para este efeito:

“Em 2018, o Dubaibased Mashreq Bank fez uma parceria com a Alipay, renomeada ANT Financial Services Group, para permitir que 1.000 retalhistas nos Emirados Árabes Unidos oferecessem serviços de pagamentos móveis, facilitando também que os chineses possam usar os seus dispositivos fazer compras (…). Em 2017, a rede de hotéis Marriott fez uma parceria com a Alibaba em uma joint venture”.

 

Turistas que mais gastaram em 2017 *em milhares de milhões de dólares

Fonte: Organização Mundial de Turismo

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