O assalto ao edifício da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna em Lisboa, que resultou no furto de oito computadores no valor de 4.800 euros, demonstram falhas graves de segurança no entender dos partidos da oposição mas também de especialistas em segurança contactados pelo JE, num artigo que pode ser lido na edição semanal do JE e na plataforma digital JE Leitor.
Jorge Silva Carvalho, ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), considera que o furto tem “repercussões enormes” em termos de imagem e afirmação do poder, além de pôr em risco a capacidade de as instituições garantirem a segurança da informação, nomeadamente informação confidencial.
“Não só passa uma mensagem a potenciais meliantes comuns de que este tipo de incidentes é possível como também transmite uma mensagem de vulnerabilidade no âmbito da ameaça terrorista e de espionagem”, afirma o consultor de segurança e estratégia ao Jornal Económico (JE).
Na sua opinião, reflete “a falta de cultura e preocupação com a segurança, transversal à grande maioria das instituições públicas, e o desinvestimento nos serviços públicos nos últimos anos”.
Para Jorge Silva Carvalho, “neste caso em particular, por ser uma instituição/ministério com a tutela da maioria das forças e serviços de segurança, a ocorrência ganha particular importância, por tornar óbvios os dois pontos anteriores e pela mensagem perniciosa de insegurança transmitida para a opinião pública”.
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