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Assunção Cristas: “Este é o Governo dos impostos máximos e dos serviços públicos mínimos”

No último debate quinzenal do ano, a líder centrista defendeu que a contestação que se faz sentir nas ruas se deve às falsas expectativas criadas pelo Executivo, que “diz ter virado a página da austeridade quando tem a maior carga fiscal de sempre”.
  • Foto: Cristina Bernardo
11 Dezembro 2018, 15h47

A líder do CDP-PP, Assunção Cristas, acusou esta terça-feira o Governo de António Costa de ser um “contador de histórias” e de dizer uma coisa e, na realidade, fazer outra. Assunção Cristas defendeu que a contestação que se faz sentir nas ruas se deve às falsas expectativas criadas pelo Executivo, que “diz ter virado a página da austeridade quando tem a maior carga fiscal de sempre”.

O CDS foi o primeiro partido a questionar o primeiro-ministro, António Costa, no debate quinzenal desta terça-feira. A forma como o Governo tem vindo a lidar com as funções de segurança, em áreas como a justiça, administração interna e proteção civil e a carga fiscal foram os temas que o partido levou ao debate no plenário.

“Se está tudo tão bem porque razão tantos e tantos se queixam? De repente são todos insensatos? Dos professores aos médicos, dos guardas prisionais aos enfermeiros, dos polícias aos juízes, dos investigadores criminais aos trabalhadores dos transportes dos técnicos de diagnóstico aos bombeiros?”, questionou a líder dos centristas.

Segundo Assunção Cristas, a “contestação crescente” nas ruas é um sinal de que as expectativas criadas pelo Governo não têm vindo a ser concretizadas. “Todos se sentem enganados por si, pelo seu Governo. E porquê? Porque a todos prometeu o que porventura nunca teve a intenção de cumprir. O seu Governo é o Governo dos impostos máximos e dos serviços públicos mínimos”, acusou a deputada centrista.

Em resposta à presidente do CDS, António Costa sublinhou que o Governo não conta histórias, mas sim “medidas são certas e que temos que as continuar”. “É por isso que estamos aqui e ainda não metemos os papéis para a reforma porque queremos continuar a ter medidas”, realçou.

A líder do CDS-PP quis saber ainda se as famílias das vítimas do acidente de Borba vão ser indemnizadas, ao que o primeiro-ministro afirmou que estão ainda a ser apuradas responsabilidades. “Eu assumo todas as responsabilidades, mas não assumo a que não é minha. Não estão a falar do dinheiro do António Costa, mas do dinheiro dos contribuintes e eu tenho de gerir com respeito”, garantiu.

Este é o último debate quinzenal do ano e o primeiro depois de dois meses de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado para 2019, aprovado no final de novembro, com a aprovação de todos os partidos com assento parlamentar, com exceção de PSD e CDS.

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