A subida abrupta da inflação no último ano e meio levou muitos economistas e analistas a questionarem se o período de reduzida pressão nos preços na economia global havia terminado, dadas as transformações estruturais esperadas nos próximos anos. Ainda assim, o indicador está a recuar na zona euro e nos EUA, colocando dúvidas sobre esta possibilidade à medida que se torna mais provável a chamada ‘aterragem suave’ pretendida pelos bancos centrais, na qual a subida dos juros para controlar a inflação não chegue a provocar uma recessão.
Vários foram os bancos, think-tanks e professores universitários que alertaram, durante o último ano, para a persistência da inflação elevada, um cenário muito distinto da quase estagnação de preços dos últimos anos nas economias mais avançadas. Os fatores a contribuir para esta evolução seriam a demografia, as transições energética e digital, a tendência de relocalização e protecionismo e o crescimento da dívida, que levariam a contrações da oferta por trabalho e a custos mais elevados.
No entanto, e após uma subida de juros agressiva na zona euro e nos EUA, o indicador de preços está em clara tendência de recuo, de tal forma que na maior economia do mundo as taxas reais estão já positivas. Do pico de 9,1% em junho do ano passado, a inflação americana recuou até 3% um ano depois, menos do que a taxa de referência de 5,25%; na zona euro, o indicador caiu de 10,6% em outubro para 5,5% em junho.
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