A atividade económica diminuiu de “forma acentuada” em fevereiro, refletindo as medidas de restrição implementadas para conter a propagação de infetados por Covid-19. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quarta-feira, revelam ainda que também o indicador de clima económico recuou para um nível próximo do registado em julho do ano passado.
“Em Portugal, a informação disponível para janeiro e fevereiro, num contexto de novas medidas restritivas de resposta à pandemia, revela uma redução expressiva da atividade económica”, refere o relatório do organismo de estatística, que dá conta que o montante de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco registou, em termos homólogos, uma redução de 25,7% em fevereiro, “mais intensa” do que em janeiro, quando a diminuição foi de 18,7%.
O INE assinala que as vendas de veículos automóveis ligeiros de passageiros registaram também um decréscimo mais acentuado em fevereiro, passando de uma taxa de uma quebra homóloga de 30,5% em janeiro para uma redução de 59%, enquanto as vendas de veículos comerciais ligeiros diminuíram 17,8% e os veículos pesados aumentaram 19,2%.
Em fevereiro, também o indicador de confiança dos consumidores diminuiu, após ter aumentado nos dois meses anteriores, de forma menos intensa em janeiro.
Os efeitos do confinamento também se refletiram no indicador de clima económico, que “intensificou em fevereiro aredução observada no mês anterior, recuando para um nível próximo do verificado em julho de 2020”. Os indicadores de confiança do comércio e, em particular, dos serviços, registaram “diminuições acentuadas”, enquanto na construção e obras públicas, o “indicador diminuiu ligeiramente”. Em sentido oposto, o indicador de confiança da indústria transformadora aumentou no último mês.
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