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Atividade na zona euro contrai em setembro com crise industrial a pesar

Apenas Espanha registou uma subida do seu PMI em setembro, sendo claramente o motor do crescimento europeu nesta altura, perante as crises industriais em França e na Alemanha e o arrefecimento da atividade em Itália.
3 Outubro 2024, 10h45

A atividade na zona euro voltou a cair em zona de contração em setembro, isto de acordo com o índice de gestores de compras (PMI) composto para o bloco. O indicador até foi revisto em alta por 0,7 pontos percentuais (p.p.), mas tal foi insuficiente para evitar uma leitura a sugerir uma quebra na economia da moeda única, que arrisca novo trimestre de estagnação.

O PMI composto para a zona euro ficou em 49,6 em setembro, uma revisão significativa em relação à estimativa inicial de 48,9 pontos, mas ainda insuficiente para evitar uma leitura abaixo de 50 pontos, ou seja, em território de contração da atividade. O fim dos Jogos Olímpicos em Paris teve um peso determinante neste resultado, apontam os analistas, dado o ímpeto que o evento tinha dado ao sector dos serviços da segunda maior economia do bloco.

Olhando por sector, a indústria continua a ser o grande peso na atividade, com a produção a continuar a cair e as novas encomendas a desacelerarem de forma acentuada. Perante este cenário, as perspetivas industriais para o bloco da moeda única mantêm-se claramente negativas.

Já os serviços, apesar de estarem a sustentar a economia como um todo e conseguirem manter leituras em terreno de expansão, registaram uma queda para mínimos de sete meses com 51,4 pontos.

Por país, Espanha foi a única das principais economias da zona euro a ver um avanço no seu PMI composto, destoando da tendência de queda na Alemanha, França e Itália. Na realidade, o índice espanhol tocou máximos de quatro meses com uma leitura de 56,3 pontos, um salto motivado sobretudo pelo sector dos serviços, que voltou a acelerar.

França e Alemanha, apesar das revisões em alta, continuam em terreno negativo, deixando antever uma continuação dos problemas e fragilidades, nomeadamente do lado industrial, e o índice italiano também caiu por 1,1 pontos, ficando assim abaixo de 50 pontos pela primeira vez desde dezembro.

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