As atividades económicas ilícitas “cresceram consideravelmente” na Venezuela, atingindo 16% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com dados divulgados pelo economista Asdrúbal Oliveros.
Os dados fazem parte de um relatório elaborado em conjunto pela organização não governamental Transparência Venezuela e pela Ecoanalítica, uma empresa venezuelana de consultoria económica e financeira.
“Estamos a trabalhar na atualização do peso das principais economias ilícitas na Venezuela para um relatório com cálculos da Ecoanalítica. O que encontrámos? Que os ilícitos são equivalentes a 16% do PIB da Venezuela, em 2022”, anunciou Oliveros na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
De acordo com o economista, “com estes resultados, o total de rendimentos ilícitos situa-se em 9.402 milhões de dólares [8,89 mil milhões de euros] um valor muito semelhante ao resultado de 2021”, embora “implique uma redução em termos relativos de 5 pontos percentuais do PIB, para 16%, desde 21% em 2021, devido a um aumento do PIB nominal em dólares”.
“Estas receitas são também equivalentes a 56,3% do total das receitas públicas e das exportações e representam 77% do total das importações de bens em 2022”, explicou.
O economista divulgou um gráfico, na mesma rede social, sublinhando que em 2022 a “sobrefaturação” e o “manuseamento nos portos” representou 18,4% do PIB.
O gráfico tem ainda dados sobre o contrabando de ouro, o tráfico de estupefacientes e o contrabando de gasolina.
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