O fundo Blackstone e o banco espanhol Santander perderam 4.135 milhões de euros em cinco anos com ativos problemáticos herdados do Banco Popular, revela o jornal Cinco Días.
A joint-venture Quasar soma 448,5 milhões em terreno negativo em 2023, embora a empresa tenha distribuído 566 milhões em dividendos aos seus acionistas desde a sua criação em 2018.
A Quasar, a empresa imobiliária detida pelo Banco Santander e pela Blackstone que herdou os ativos imobiliários do Banco Popular, teve prejuízos de 448 milhões de euros em 2023. É o que consta das contas da Project Quasar Investments 2017, empresa que também representa a maioria da gestão da servicer Aliseda, depositadas no Registo Comercial.
A Quasar, na qual o Santander detém 49% e a Blackstone os restantes 51%, faturou, de acordo com o documento, 568,1 milhões de euros em 2023.
Isto significa que a venda de ativos tóxicos do Banco Popular, numa carteira detida pela Blackstone e pelo Santander, não está a ser rentável para os seus acionistas neste momento. A sociedade conjunta denominada Project Quasar Investments 2017, habitualmente conhecida por Quasar, totalizou 448,5 milhões de euros de prejuízos em 2023 (mais 55,6% em termos homólogos), segundo as contas consolidadas da empresa.
O Projeto Quasar nasceu no início de 2018. Foi então, após a Resolução do Banco Popular que o Santander assumiu, que os 30 mil milhões de activos imobiliários do banco resolvido foram transferidos por 10.261 milhões para a nova empresa. Este valor representou um desconto de 65%.
Destes valores, quase 3 mil milhões foram pagos entre a Blackstone e o Santander com capital e os outros 7 mil milhões com dívida, num empréstimo liderado na altura pelo Morgan Stanley e pelo Deutsche Bank, que mais tarde teve de ser refinanciado.
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