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“Atrasos no PRR e privatizações adiadas”. A queda do Governo vista pelos portugueses

Olham para o País com menos esperança e temem que a instabilidade política interfira no bom caminho da Economia. A crise política vista por uma médica, um gestor comercial, uma funcionária pública e estudantes.
15 Março 2025, 18h00

A médica pediátrica Margarida Silva tem um olhar crítico sobre a política nacional e europeia. Consulta todos os dias os sites dos jornais portugueses e espanhóis, como o “ABC” e “El Mundo”, e não gosta de redes sociais. Trabalhou 33 anos em regime de exclusividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS), fez horas extraordinárias equivalentes a quatro anos de serviço e diz que nunca lhe foram contabilizadas na reforma.

Hoje em dia, ainda dá consultas três vezes por semana num hospital privado em Lisboa. Tem dois filhos (um advogado e uma médica), netos e está “bastante preocupada” com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, critica a postura da Europa e pede pragmatismo a Zelensky. Sobre a atual situação política em Portugal, diz que é uma “crise desnecessária”.

“Eu prefiro um político que tenha vida empresarial do que um político que começou numa juventude partidária e nunca fez outra coisa na vida. Esses são desligados da realidade”, diz Margarida Silva. A médica considera que o Governo devia ter-se mantido em funções, tendo em conta o atual contexto nacional e internacional. “Existe o risco de voltar a haver uma ‘geringonça’ e isso não me agrada nada. Mas causa-me mais impacto terem encontrado dinheiro vivo no escritório do chefe de gabinete de um antigo primeiro-ministro do que a situação de Luís Montenegro”, acrescenta.

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