[weglot_switcher]

Augusto Santos Silva rejeita que presença da China seja “significativa na economia portuguesa”

Augusto Santos Silva respondia à deputada do PSD Isabel Meireles, que referiu, durante reunião plenária esta quarta-feira, que a China “tem uma presença extraordinariamente significativa na Europa e em Portugal, em vastos sectores, muitos deles estratégicos”.
3 Março 2021, 16h39

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recusou a ideia avançada pelo Partido Social Democrata (PSD) de que a China tem uma presença “significativa na economia portuguesa”, durante a reunião plenária esta quarta-feira.

“Não é verdade que a China tenha uma presença extremamente significativa na economia portuguesa e é muito importante ter isso presente”, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Augusto Santos Silva respondia à deputada do PSD Isabel Meireles, que referiu que a China “tem uma presença extraordinariamente significativa na Europa e em Portugal, em vastos sectores, muitos deles estratégicos”.

Enquanto rejeita o peso da China na economia portuguesa, Augusto Santos Silva aponta os parceiros europeus como aqueles que realmente têm relevância no espectro económico português. “Quem tem do lado do investimento estrangeiro uma presença extremamente significativa na economia portuguesa são os nossos parceiros seguintes: a Alemanha, a França, os EUA, o Reino Unido, a Espanha, a Bélgica, a Itália”, clarificou o governante.

“Temos muito orgulho que aqueles investidores estrangeiros que têm mais presença na nossa economia sejam provenientes do países que nos são mais próximos quer geográfica, quer política, quer normativamente”, sublinhou Augusto Santos Silva.

Ainda assim, o ministro dos Negócios Estrangeiros admite ser “verdade que as empresas chinesas participaram com sucesso em processos de privatização, conduzidos não por este Governo, não pelo Governo anterior, nem por nenhum Governo em que tivessem participado, mas cumprem as assunções, as responsabilidades que assumiram e têm um contributo para a formação de riqueza portuguesa”.

Quanto às questões levantadas, pela deputada Isabel Meireles, sobre se Augusto Santos Silva já teria falado sobre direitos humanos na China com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, o governante disse que ainda não teve “nenhum contacto bilateral com o ministro dos Negócios Estrangeiros”

“Por duas razões cumulativas: seria inconcebível para mim ter um contacto com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês antes de ter o contacto com o secretário de Estado norte-americano ou com o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, que tive hoje de manhã”, justificou Augusto Santos Silva apontando o segundo motivo: “A política da União Europeia é assumida pelo alto representante para a política externa e eu coordeno todas as ações que realizo enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros que ocupada a presidência com a agenda do Alto Representante”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.