A inflação norte-americana registou um aumento no primeiro mês do ano, tendo atingindo os 3%, segundo dados do departamento norte-americano de Estatísticas do Trabalho.
O valor atingindo da inflação superou as expectativas dos analistas, que esperavam que a taxa de inflação homóloga se mantivesse inalterada face a dezembro, onde se situou nos 2,9%.
Segundo os analistas da Ebury, este relatório pode “assustar os responsáveis da Reserva Federal (Fed)” depois de Jerome Powell ter admitido que o banco não tinha pressa para flexibilizar os juros no curto prazo. Os analistas salientam ainda que a inflação pode “encorajar o FOMC a manter-se de braços cruzados num futuro próximo”.
“Como se o aumento inesperado da medida da inflação anual não fosse suficientemente negativo, também assistimos a sinais preocupantes de um aumento das pressões sobre os preços no índice subjacente, que registou a sua maior subida mensal desde abril de 2023”, revelam os analistas.
Na opinião dos analistas não há grandes razões para “sugerir que as pressões sobre os preços vão diminuir em breve: os salários continuam a crescer a um ritmo forte, a procura dos consumidores é robusta e as tarifas de Trump parecem destinadas a fazer subir os preços dos produtos importados”.
“De facto, não vemos praticamente nada nos dados recentes sobre a inflação, a economia ou o mercado de trabalho, que indique que o objetivo de inflação de 2% da Reserva Federal esteja sequer minimamente perto de ser alcançado”, afirmam os analistas.
“Acreditamos que os mercados podem praticamente esquecer a possibilidade de outro corte da Fed na primeira metade de 2025 e não é agora de excluir que o próximo movimento nas taxas seja mais alto, em vez de mais baixo”, concluem os analistas.
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