No meio da revoada de tarifas impostas à esmagadora maioria dos países do planeta pelo presidente norte-americano (entretanto suspensas por 90 dias), a Rússia escapou entre os pingos da chuva e teve direito a ficar de fora da extensa lista. A explicação parecia simples: não há comércio entre as duas potências, pelo que não há nada para taxar, certo? Errado.
Em 2024, o último ano da presidência democrata de Joe Biden, o líder do apoio mundial à Ucrânia, o comércio entre a Rússia e os Estados Unidos ascendeu aos 3,5 mil milhões de dólares. É certo que é um valor que representa apenas 10% dos 35 mil milhões registados antes da invasão da Ucrânia e que não era tão baixo desde 1992 (o primeiro ano da existência da Rússia pós-soviética). É também uma diminuição em relação aos 4,87 mil milhões de dólares registados em 2023, mas que existe, existe.
A não imposição de tarifas é ainda mais surpreendente porque o comércio é muito deficitário para o lado dos Estados Unidos, que exportam apenas 500 milhões de dólares (principalmente em artigos medicinais) e compram três mil milhões (principalmente produtos químicos).
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com