Os australianos donos da Finerge procuram um parceiro minoritário para a energética portuguesa para a ajudar a “concretizar a sua estratégia ambiciosa de crescimento”.
A empresa lusa é detida integralmente por fundos de infraestruturas geridos pela Igneo Infrastructure Partners, e esta tenciona agora “integrar um parceiro minoritário na estrutura acionista”, segundo comunicado hoje divulgado pela empresa liderada por Pedro Norton.
“A Igneo está totalmente comprometida com o desenvolvimento de longo prazo da Finerge e tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com a equipa de gestão para fazer a empresa progredir em linha com o plano de negócios”, pode-se ler na nota enviada às redações esta sexta-feira.
A Finerge anunciou hoje que concluiu “com sucesso” uma operação de refinanciamento no valor de 2,3 mil milhões de euros. O objetivo desta operação é “acelerar a expansão na Península Ibérica”.
“O refinanciamento serve para reembolsar a dívida existente e providenciar fundos para o desenvolvimento de projetos em pipeline. A nova estrutura financeira irá também assegurar o financiamento necessário para a incorporação de novos ativos no futuro. A conclusão deste processo simplifica a estrutura societária da Finerge e unifica as múltiplas estruturas financeiras numa única plataforma”, anunciou.
A Finerge diz ter identificado “um número significativo de oportunidades de crescimento orgânico para concretizar a sua agenda para a transição energética, com mais de 1 GW de ativos de energia eólica e solar em pipeline nos próximos dois anos. A Finerge continuará a complementar a sua expansão de desenvolvimento orgânico com crescimento inorgânico”.
Citado em comunicado, Pedro Norton disse que o plano de crescimento da Finerge “será acelerado pela conclusão desta operação de refinanciamento bem-sucedida. Com uma estrutura financeira robusta, a Finerge está mais preparada para expandir o seu negócio no mercado ibérico, replicando o nosso excelente desempenho em Portugal. Neste contexto de crise energética da Europa, é irrefutável a necessidade de reforçar o investimento global em renováveis e esse é o nosso compromisso”.
A Finerge conta com 68 centrais eólicas e 17 centrais solares, em mais de 46 concelhos em Portugal e três províncias em Espanha. “São mais de 770 aerogeradores e milhares de módulos fotovoltaicos que recolhem a energia do vento e captam a energia do Sol, transformando estas fontes de energia em eletricidade limpa. Mais precisamente, 3.200 GWh de energia produzida que evitam a emissão de 1.274 kton de CO2 para a atmosfera. A Finerge emprega, direta e indiretamente, mais de 200 colaboradores”, de acordo com a empresa.
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