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Autoridade da Concorrência dá luz verde à compra da Oni pela espanhola Gigas

O conselho de administração do organismo liderado por Margarida Matos Rosa aprovou a operação, anunciada em novembro de 2020, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes em causa”.
  • Fundador e presidente executivo da Gigas Hosting, Diego Cabezudo
22 Janeiro 2021, 17h27

Dois meses depois de ter sido anunciado que a ONI seria adquirida pela Gigas Hosting por 40 milhões de euros, a Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à empresa espanhola para concluir o negócio. O conselho da AdC adotou uma decisão de não oposição na operação de concentração que prevê o “controlo exclusivo sobre a Winreason”, holding que detém a ONI.

O conselho de administração do organismo liderado por Margarida Matos Rosa aprovou a operação, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes em causa”, segundo a decisão de tomada no dia 19 de janeiro.

A Winreason é uma “sociedade detentora de participações em diversas sociedades, de entre as quais se destaca a ONI, empresa ativa no sector das comunicações eletrónicas. A ONI, através da sua subsidiária Knewon, S.A., está também ativa no sector da segurança privada”, esclarece a ficha do processo relativo ao controlo desta operação de concentração.

A aquisição da Oni pela Gigas, empresa liderada Diego Cabezudo, estava dependente de apreciação da Autoridade da Concorrência. A Gigas é uma empresa especialista em cloud computing, presente em Portugal desde 2019, ano em que adquiriu a fornecedora de serviços em cloud AHP.

A Oni integrava até agora, a par da Nowo, o grupo Cabonitel.

O grupo Cabonitel, constituído pela Nowo e ONI, foi adquirido pela sociedade de investimento GAEA Inversión e pela espanhola MásMóvil, no verão de 2019. Pouco mais de um ano depois, a MásMóvil acordou com a Gigas, ambas acionistas da GAEA, a reorganização da Cabonitel, definindo o controlo da Nowo para a MásMóvil e o controlo da ONI para a Gigas. Em 10 de novembro, a Gigas anunciou ter um acordo vinculativo com a GAEA para comprar a ONI por 40 milhões de euros.

Desta forma, a Gigas, empresa especialista em serviços de armazenamento de dados em cloud presente em nove países (Espanha, Portugal, Irlanda, EUA, Colômbia, Chile, Peru, Panamá e México), entrou no sector das telecomunicações, absorvendo mais de mil empresas-clientes, dois data centers, redes de fibra metropolitanas e uma rede de fibra que liga Madrid a Lisboa e Porto.

Numa entrevista ao Jornal Económico, em 12 dezembro de 2020, Diego Cabezudo, justificou a aposta na ONI e no sector telco, bem como os planos para o futuro da Gigas e da telecom focada no segmento empresarial.

https://jornaleconomico.pt/noticias/oni-vai-crescer-para-oferecer-servicos-a-nivel-global-675641

 

 

 

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