Os aviões foram-se tornando os melhores amigos dos humanos, com deslocações que poderiam demorar mais de 12 horas a serem resumidas a uma hora de distância e uns quantos euros pelos bilhetes. Apesar de muitos ainda serem a combustão, o transporte aéreo tem vindo a diversificar-se com os anos.
‘Vergonha de voar’ é um movimento ambientalista sueco que procura punir os aviões para que os seus fabricantes reduzam as emissões de dióxido de carbono. Este movimento tem ganho peso no norte europeu, sendo que a indústria aérea está a tentar tornar-se mais limpa com o desenvolvimento de aeronaves híbridas e elétricas, diz o ‘El Economista’.
Tornar os transportes mais amigos do ambiente tem sido a prioridade de algumas empresas, sendo que a easyJet diminuiu as emissões em mais de 30%. A criação do ‘Alice’, avião elétrico de uma empresa israelita, promete também ser uma disrupção do paradigma atual.
Para cumprir todas as medidas de eficiência de combustível disponíveis e reduzir as emissões pela metade até 2050, a Airbus garante adotar medidas que protejam o ambiente. Apesar de ir aumentar o número de aviões de passageiros, a empresa pretende optar pelo uso de biocombustível, a implementação de motores híbridos na aviação comercial e ir mais longe, utilizando um motor elétrico para as descolagens.
Ainda que estejam a acontecer, as mudanças ainda são lentas para os acontecimentos globais. “Atualmente, a aviação comercial corresponde a 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono. Um valor que pode chegar aos 30% até 2050, caso a indústria não realize as mudanças tecnológicas necessárias”, afirmou o presidente do Conselho da Clean Sky, Richard J. Parker, ao jornal espanhol.
Com a perceção das ameaças ao ambiente, como o degelo, e um aumento significativo das alterações climáticas, os suecos têm optado por viajar em comboios, fazendo cair o número de passageiros no tráfego aéreo.
Um relatório da consultora Roland Berger indicou que em 2018 foram anunciados 100 projetos para a implementação de aviões não poluentes, valor que subiu para 170 em maio do presente ano e que deve ultrapassar os 200 até ao final de 2019.
A realidade que parece estar mais próxima que nunca
De acordo com um relatório da Roland Berger, em meados de 2018 foram anunciados 100 projetos diferentes para a implementação de aviões não poluentes, número que subiu para 170 em maio de 2019 e que ultrapassará 200 no final do ano. Em 2017, havia 85 projetos elétricos que já tinham realizado um voo de teste com protótipos.
Os Estados Unidos contam com 67 protótipos aprovados, enquanto no Brasil existem dois projetos em testes. No Reino Unido existem 20 aeronaves em fase de testes, sendo que no centro europeu existem outros 33 projetos e na União Europeia uns adicionais 19 projetos.
Na Rússia existem sete projetos, no Japão três e na Coreia do Sul somente um. Na zona asiática do Pacífico existem quatro projetos aprovados, enquanto na Austrália ascendem aos sete. Em Israel existem três e na Índia apenas dois.
Com o crescimento da indústria, a transição de combustíveis para eletricidade parece tornar-se essencial, à semelhança do que aconteceu com os veículos terrestres, como os carros e motociclos. Com empresas a apostar nos aviões elétricos, estes já comprovaram ter custos operacionais mais baixos que os existentes dos dias de hoje.
Cerca de 50% dos projetos em aviões elétricos estão a concentrar-se no desenvolvimento de táxis urbanos com descolagens verticais, onde apenas cabem até quatro pessoas. A startup norte-americana Zunum Aero junta diversos fabricantes em Washington e conta com o apoio da Boeing HorizonX e JetBlue Technology Ventures, sendo que trabalha com aeronaves elétricas e híbridas, cuja capacidade ascende até 50 pessoas. A Zunum Aero garante que no futuro as viagens serão mais baratas e mais rápidas, e que o ruído vai ser reduzido em 75% e as emissões poluentes em 80%.
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