A EDP e os CTT inauguraram, às 10h30 desta quarta-feira, a unidade de autoprodução de energia da Maia. Trata-se de um dos 20 bairros solares que nascem ao abrigo deste acordo, celebrado a 12 de outubro do ano passado entre as duas empresas.
Um protocolo que permite, neste momento, a produção de eletricidade a partir da energia solar em 20 cidades portuguesas, sendo a Maia uma delas. Esta unidade de autoprodução de energia está instalada no Centro de Produção e Logística dos CTT do Norte, que se encontra localizado nesta cidade do distrito do Porto.
Conta com 1.834 painéis solares e capacidade instalada de 1 MWp que, por agora, está em regime de autoconsumo individual. Com este bairro solar, ficam asseguradas, com recurso à energia renovável, 40% das necessidades energéticas diárias do edifício.
Compromete-se no futuro a fornecer energia a 850 famílias e às empresas aderentes da região, permitindo poupanças mensais de 35% no consumo energético. Passará a ser uma realidade assim que estiver concluído o processo de licenciamento, transformando-se então numa Comunidade de Autoconsumo Coletivo.
A cerimónia de inauguração, da unidade de autoprodução de energia da Maia, contou com a presença do CEO dos CTT, João Bento, e da administradora do grupo EDP e CEO da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira que destaca a importância que representa a tomada de “medidas para combater as alterações climáticas e garantir qualidade de vida no planeta para as próximas gerações”.
Para a responsável da energética, “a produção de energia renovável em pequena escala, espalhada por telhados e coberturas de todo o país, será fundamental para um país com menor pegada ambiental”.
Vera Pinto Pereira realça ainda que a parceria com os CTT vai permitir acelerar a tão desejada transição energética e, simultaneamente, torná-la “mais justa e inclusiva”.
Da parte dos CTT, João Bento, o CEO da empresa, salienta que, com esta parceria, o objetivo da sustentabilidade sai reforçado e “os laços de proximidade com as comunidades acabam fortalecidos”, permitindo que estas passem a “ter acesso a uma energia limpa e mais económica”.
O projeto, que une dois dos nomes fortes do tecido empresarial português, será sinónimo de “energia mais limpa e mais barata para as comunidades envolventes”, sublinha o administrador dos CTT, empresa que passa a utilizar mais energia sustentável nos seus edifícios, reduzindo, por consequência, a dependência da rede energética.
Quando tudo estiver em pleno funcionamento, nesta parceria estratégica que contempla 40 localizações do território nacional, com todos os bairros solares no país constituídos, é esperado que cerca de oito mil famílias e empresas retirem benefícios e que seja reduzido, em 1.600 toneladas, o volume de emissão de CO2 para a atmosfera, contribuindo para a descarbonização do país, salientam as partes envolvidas.
O investimento, manutenção e operação dos painéis serão feitos pela EDP, tal como todo o processo de angariação dos vizinhos e gestão destas comunidades, de acordo com a informação transmitida na cerimónia de inauguração, onde esteve o Jornal Económico.
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