[weglot_switcher]

Banca norte-americana passou nos testes de stress apesar da incerteza instalada

Mesmo com perdas a ascender aos 500 mil milhões de dólares, os principais bancos norte-americanos podem ganhar autorização da Reserva Federal para continuar a fazer empréstimos a famílias e negócios.
Brendan McDermid / Reuters
29 Junho 2023, 08h06

A queda do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, no passado mês de março, fez mossa no sector bancário, mas isso não impediu os 23 maiores bancos dos Estados Unidos de passar nos testes anuais de stress da Reserva Federal.

O banco central norte-americano indica que os bancos permaneceram “acima dos requisitos de capital” quando colocado em cima da mesa um cenário hipotético de recessão global, apesar das perdas que ascendem a 541 mil milhões de dólares (496.487 milhões de euros) nas suas projeções.

“Sob stress, o índice de capital agregado baseado em risco de capital comum – que fornece uma ‘almofada’ contra perdas – deve diminuir em 2,3 pontos percentuais para um mínimo de 10,1%”, escreve a Reserva Federal.

“O teste de stress deste ano inclui uma grave recessão global com uma queda de 40% nos preços dos imóveis comerciais, um aumento substancial nas vagas de escritório e uma queda de 38% nos preços das casas” e o aumento da taxa de desemprego em 6,4 pontos percentuais para um pico de 10% e a diminuição proporcional da produção económica.

“Os 541 mil milhões de dólares em perdas totais projetadas incluem mais de 100 mil milhões em perdas de hipotecas residenciais e imobiliárias comerciais e 120 mil milhões em perdas de cartão de crédito, ambas maiores do que as perdas projetadas no teste do ano passado. O declínio agregado de 2,3 pontos percentuais no capital é ligeiramente menor do que o declínio de 2,7 pontos percentuais do teste do ano passado, mas é comparável aos declínios projetados do teste de stress nos últimos anos”, lê-se no relatório.

Assim, a Fed conclui que os maiores bancos dos EUA podem continuar a realizar empréstimos a famílias e negócios mesmo durante uma recessão severa.

Por conta dos resultados positivos, alguns dos maiores bancos americanos (JP Morgan Chase, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America e Wells Fargo) cresceram entre 1% a 2% nas negociações bolsistas no after market. 

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.