O Banco Popular da China (BPC) injetou esta segunda-feira 700 mil milhões de yuans (cerca de 85.034 milhões de euros) no sistema financeiro do país através de empréstimos a médio prazo (MLF, na sigla anglo saxónica). A taxa de juro dos empréstimos foi de 2,95%, a mesma da última emissão destes instrumentos, anunciou o banco central chinês em comunicado divulgado pelas agências noticiosas internacionais.
Além da injeção de capital, o BPC emitiu 50 mil milhões de yuans (aproximadamente 6,08 mil milhões de euros) em acordos de recompra a sete dias, com uma taxa de juro de 2,2%.
O objetivo do BPC é “atender à procura do mercado”, enquanto especialistas. citados pela Efe, explicam que o supervisor bancário quer repor a “liquidez depois de um período de ajuste marcado pelo emissão de obrigações a nível nacional e local”. Assim, a operações ocorrem numa tentativa de aliviar a pressão das entidades bancárias com novos empréstimos ou flexibilização dos pagamentos de créditos existentes ou através de apoios às empresas cuja viabilidade foi ameaçada pela crise da Covid-19.
A decisão do BPC surge num momento em que o modelo económico-político da China está a ser questionado e apontado como “desatualizado”, relata o jornal “South China Morning Post”. No entanto, o presidente da China, Xi Jinping, rejeita as alegações e garantiu ao “Qiushi” que “a base da economia política da China só pode ser uma economia política marxista, e não ser baseada em outras teorias económicas”.
Xi Jinping também acredita que “a China não deve tentar copiar a ideologia ocidental ou o seu sistema capitalista” e frisou que “muitos países capitalistas sofreram crises económicas, problemas de desemprego, aumento da polarização e aprofundamento de conflitos sociais” devido aos sistemas económicos adotados por cada país.
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