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Banco Finantia aumenta lucros para 30,7 milhões à custa de menos imparidades

Num ano em que a receita da margem financeira desceu 8,6% para 60,5 milhões de euros e as comissões caem 31% para 19,4 milhões o Produto bancário subiu 3,8%. Isto porque as imparidades e provisões caíram 53%.
9 Março 2017, 18h50

O Banco Finantia anunciou em comunicado um lucro líquido consolidado de 30,7 milhões de euros em 2016, o que significa um aumento de 11% face aos 27,6 milhões apurados no ano anterior.

Num ano em que a receita da margem financeira desceu 8,6% para 60,5 milhões de euros e as comissões caem 31% para 19,4 milhões o Produto bancário subiu 3,8%. Isto porque as imparidades e provisões caíram 53% para 14,7 milhões de euros. Isto num ano em que as operações de crédito descontinuadas (write-off) caíram 45% para 28,6 milhões de euros.

Os custos operacionais situaram-se em 22,6 milhões, colocando o rácio de eficiência (cost-to-income) em 28%, “um dos melhores entre os bancos europeus”, diz o banco liderado por Pedro Perestrello dos Reis.

Os depósitos de clientes aumentaram 9% face ao registado em 2015 (679,6 milhões de eruos) para um total de 740,4 milhões, “prosseguindo a estratégia de uma maior diversificação das fontes de financiamento”, diz o banco.

O crédito e carteira de títulos no ativo do banco subiu 5,9%, para 1,6 mil milhões de euros, mas não está descriminado o quanto deste montante é crédito a clientes.

“Este aumento segue a tendência positiva dos últimos anos, assente no fortalecimento da presença geográfica e na confiança dos clientes do Banco Finantia, quer em Portugal quer em Espanha”, acrescenta o banco em comunicado.

Os ativos totais situaram-se em 1,8 mil milhões, o que traduz um aumento de 2% face ao ano anterior, “dentro de um modelo multi-vetorial de critérios de liquidez, rentabilidade e qualidade de crédito, com aumento da solidez financeira do Banco”, refere a instituição fundada por António Guerreiro.

O Banco reforçou a sua solidez financeira: o rácio de capital (CET1) (Implementação Total) aumentou para 23,6% (22,3% em 2015), “um dos mais elevados do sector bancário na Europa”, diz o comunicado.

O enfoque geográfico do Banco Finantia continua a ser Península Ibérica, América Latina e países da CEI (Comunidade de Estados Independentes). “As suas principais unidades operacionais são um banco em Portugal, um banco em Espanha, broker dealers em Londres e Nova Iorque e escritórios em São Paulo e Malta”, refere o Finantia.

“Na atividade de Corporate & Investment Banking o Banco Finantia esteve em 2016 envolvido em transações relevantes no mercado Português, destacando-se a aquisição da Tertir pelo Grupo Yildirim no maior investimento (cerca de 300 milhões de euros) por uma empresa Turca em Portugal”, lembra a instituição.

“Na área de Mercado de Capitais o Banco realizou diversas operações de dívida de empresas portuguesas, alargando o número de emitentes de base nacional, de que é exemplo uma emissão a 5 anos para a SPRHI, S.A. entidade detida a 100% pela Região Autónoma dos Açores”, conclui a nota.

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