O Banco Mundial prevê que a África subsaariana cresça de 3,3%, em 2024, para 3,5% este ano, sustentada no consumo privado e investimentos, e com a inflação a cair na maioria dos países.
“O crescimento económico na África subsaariana está a mostrar alguma resiliência, apesar da incerteza na economia global e do espaço orçamental restrito”, escrevem os economistas do Banco Mundial, que antecipam uma aceleração das economias da região para 4,3% entre 2026 e 2027.
No relatório Pulsar de África, hoje divulgado no âmbito dos Encontros da Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), lê-se que “o crescimento deve-se principalmente ao aumento do consumo privado e dos investimentos, à medida que a inflação abranda e as moedas estabilizam”, com a taxa de inflação a cair de 7,1% em 2023 para 4,5% no ano passado.
No entanto, “o crescimento ainda não é suficientemente forte para reduzir de forma significativa a pobreza e cumprir as aspirações das pessoas”, aponta-se no relatório bianual do Banco Mundial sobre África, cuja 31.ª edição tem como título “Melhoria da Governação e Prestação de Serviços às Populações em África”.
“Existe um desfasamento crescente entre as aspirações das pessoas a bons empregos e serviços públicos que funcionem e mercados e instituições que frequentemente não funcionam com eficácia”, comentou o economista-chefe do Banco Mundial para África.
Andrew Dabalen defende que “reformas urgentes, apoiadas por mais concorrência, transparência e responsabilização, serão cruciais para atrair investimentos privados, aumentar a receita pública e criar mais oportunidades económicas para milhões de africanos que todos os anos entram no mercado de trabalho”.
Com uma “incerteza aumentada devido a mudanças nas dinâmicas comerciais, conflitos regionais e alterações climáticas que afetam pessoas e colheitas”, os países africanos devem aproveitar esta oportunidade e “liberalizar e diversificar os seus mercados” para alargarem a atividade económica e garantirem empregos para os jovens, recomenda ainda o Banco Mundial.
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