A totalidade da coleção Berardo arrisca ser penhorada pelos principais credores de Joe Berardo. Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco querem reaver créditos em torno de mil milhões de euros através da execução de penhores dos títulos da Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte que foram cedidas ao Estado. Estes são os bens móveis de Joe Berardo sinalizados pelos bancos para penhorar no âmbito da acção judicial que avançaram no final de abril contra o empresário, juntando esforços para executar a dívida do empresário madeirense que ascende a 962 milhões de euros. Uma iniciativa conjunta que acontece depois de no início do ano ter falhado um acordo para a liquidação dos créditos.
O Jornal Económico apurou que na ação executiva sumária que deu entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, a 20 de abril, a CGD, o BCP e o Novo Banco apresentaram títulos executivos “fortes”, onde constam os títulos da Associação Coleção Berardo que foram dados como penhores (garantias reais) dos créditos a Joe Berardo para compra de ações. Em causa estão garantias prestadas pelo empresário junto dos bancos de 75% dos títulos da dona da coleção de arte exposta no Centro Cultural de Belém (CCB), numa percentagem que acabou por chegar aos 100% após os primeiros reforços de cobertura de garantias quando Berardo voltou a falhar as suas obrigações.
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