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Bankinter Portugal com resultados antes de impostos a subirem 16%

Quanto ao Bankinter Portugal, que é a linha de negócio mais recentemente incorporada na atividade do Banco espanhol, o resultado antes de impostos cresceu 16%, para os 22 milhões. Da mesma forma, tanto o crédito como os recursos captados cresceram 12%, alcançando 5.600 e 4.300 milhões de euros, respetivamente. Não há mais dados sobre a atividade em Portugal disponíveis para o trimestre.
25 Abril 2019, 10h38

O Bankinter Portugal apresenta resultados antes de impostos de 22 milhões de euros, um crescimento de 16%. O banco não avança os resultados líquidos da sucursal em Portugal, mas normalmente a taxa de imposto paga em Portugal supera os 20%.

A presidente do banco, Maria Dolores Dancausa, acaba de dizer na conferência de imprensa em Espanha que o Bankinter paga globalmente 27% de impostos.

Da mesma forma, tanto o crédito como os recursos captados na sucursal cresceram 12%, alcançando 5.600 e 4.300 milhões de euros, respetivamente.

O Bankinter Espanha diz que todas as linhas de negócio (incluindo Portugal) estão apoiadas numa base de Clientes maioritariamente digital: 92,7% destes Clientes relacionam-se com o banco via telemóvel, PC ou tablet, e 66% recorre à assinatura digital para diversas operações.

O Bankinter em Espanha termina o primeiro trimestre com 145 milhões de euros de resultado líquido, mais 1,4%, com crescimento em todas as linhas de negócio. Os resultados antes de impostos foram de 198,6 milhões de euros.

O banco destaca o “forte crescimento nos recursos de Clientes (+10%)e na carteira de crédito (+5%) em Espanha, que mostram que o Bankinter tem melhor comportamento do que a media do setor”.

A margem de juros atinge um total de 275,4 milhões de euros, o que representa mais 1,3% que a mesma rubrica em 2018, num cenário de taxas de juro que se mantém inalterado “em níveis que dificultam o negócio bancário”, diz o comunicado.

A margem bruta atinge os 505,4 milhões de euros, o que significa mais 1%, com receitas líquidas provenientes de comissões de 114 milhões no ano, que crescem 5,1% e representam 23% do total desta margem.

Já a margem de exploração fechou, a 31 de março, em 254,3 milhões de euros, mais 1,8% que há um ano, com os custos operativos a manterem-se semelhantes ao primeiro trimestre de 2018, o que leva a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que passa de 46,6%, há um ano, para 46,5%, devido a maiores receitas.

No que se refere ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo ascendem, a 31 de março, a 78.287,2 milhões de euros, mais 9,8% do que no primeiro trimestre de 2018.

O total de crédito a Clientes ascende a 55.801,4 milhões de euros, mais 5,4% do que o valor de há um ano. Em Espanha, a carteira de crédito ascende a 50.200 milhões de euros, face aos 48.000 milhões de há um ano, “um crescimento de 5% numa altura em que o setor voltou a reduzir a sua carteira em 2,1%, de acordo com dados de fevereiro do Banco de Espanha”.

Quanto aos recursos de Clientes de retalho, fecharam este primeiro trimestre em 51.579,4 milhões de euros, o que significa mais 9,6% que há um ano. Do total deste volume, 47.300 milhões de euros correspondem a Espanha, com um crescimento de 9% em 12 meses, comparativamente a 6,1% do crescimento setorial, também segundo dados de fevereiro.

O Bankinter mantém os rácios de rentabilidade (ROE de 12,6%) e de incumprimento (2,87%) em posição de liderança entre os seus concorrentes.

O Grupo dispõe de uma qualidade de ativos “que o colocam numa das posições mais sólidas do setor”, com uma taxa de incumprimento de 2,87%, verificando-se uma redução de 16% face ao mesmo período do ano anterior, o que significa metade da média do sistema financeiro.

Os ativos imobiliários adjudicados também verificaram uma queda substancial, situando-se num valor bruto de 328,6 milhões de euros, comparativamente a 398,2 milhões obtidos há um ano. A cobertura sobre estes Ativos adjudicados é de 45,5%.

O rácio de capital CET1 fully loaded  fechou o primeiro trimestre em 11,80%, o que significa uma diferença significativa, de 360 pontos básicos, face às exigências de capital exigidas pelo Banco Central Europeu à entidade, para este ano.

O gap comercial (diferença entre o total de crédito concedido a Clientes e os recursos de Clientes) da entidade é de 3.200 milhões de euros. Paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos situa-se nos 95,2%, 320 pontos básicos acima do valor registado no primeiro trimestre de 2018.

Por último, o banco prevê 800 milhões de euros de vencimentos de emissões obrigacionistas para este exercício, bem como para o seguinte. Já para 2021 não estão previstos vencimentos.

Para fazer face a estes vencimentos, o Banco conta com ativos líquidos com um valor superior, concretamente de 12.500 milhões de euros e uma capacidade de emissão de obrigações de 6.900 milhões, sendo ambos os valores superiores aos obtidos no fecho do exercício passado.

Nas cinco linhas estratégicas do Bankinter, a Banca de Empresas é a que mais contribuiu para a margem bruta da entidade, com 27%, diz o banco espanhol.

Metade do crédito deste segmento é referente ao negócio com pequenas e médias empresas, que aumentou 8%. Os restantes 50% referem-se ao negócio com grandes empresas. No global, a Banca de Empresas aumentou 4% o volume de Clientes ativos.

Diz a instituição que no âmbito da sua estratégia de se converter num banco de referência para as empresas, o Bankinter está a impulsionar o negócio da Banca Internacional, com o objetivo de apoiar as operações das empresas no exterior. “Uma prova deste impulso é o crescimento da carteira de crédito na Banca Internacional, de 25%, situando-se nos 4.900 milhões de euros. A margem bruta desta atividade cresceu 16%”, diz o banco.

A Banca de Investimento é outra das áreas do negócio com Empresas que o Bankinter está a reforçar, como demonstra o crescimento de 20% do crédito, totalizando 2.300 milhões de euros, com um aumento de 75% das receitas provenientes de comissões e de 31% na margem bruta.

O segundo pilar estratégico do Grupo Bankinter é a Banca Comercial, dirigida a Particulares, que representa 26% da margem bruta do banco. Nesta área destaca-se a Banca Privada e a Banca de Particulares.

O banco recorda ainda a operação corporativa que o Bankinter pretende fechar este trimestre, a já anunciada aquisição do negócio bancário do EVO Banco e a da sua sucursal de crédito ao consumo na Irlanda, a Avantcard, merece um comentário específico. “Com estas aquisições, o Grupo Bankinter impulsionará tanto na sua diversificação geográfica, ao entrar num novo mercado da Zona Euro, como na sua carteira de Clientes, passando a ter Clientes com um perfil mais jovem e 100% digital. Tudo isto irá resultar num avanço da trajetória do Grupo Bankinter”.

(atualizada)

 

 

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