A economia portuguesa está a abrandar significativamente neste primeiro trimestre, aponta o Barómetro CIP/ISEG, isto após um final de ano forte. A expectativa é que Portugal cresça agora entre 0% e 0,2% em cadeia, caindo assim numa situação de quase estagnação após um surpreendente crescimento de 1,5% a fechar 2024.
O Barómetro baseia-se sobretudo nos indicadores de atividade e sentimento económico para projetar que o crescimento homólogo se manterá forte, mas sem igual expectativa em cadeia: em comparação com igual período de 2024, a economia deve avançar entre 2,2% e 2,4%, muito acima dos 0% a 0,2% esperados para este primeiro trimestre.
“Esta projeção representa uma ligeira desaceleração do crescimento homólogo e uma desaceleração significativa no crescimento em cadeia”, reconhece a nota, ainda que falando numa “recuperação do contributo da procura externa líquida que deverá ser acompanhada por um menor contributo da procura interna, num processo que se prolongará durante 2025”.
No detalhe, o comércio a retalho registou um “crescimento expressivo”, superando os serviços, que conseguiu, ainda assim, um registo positivo. Por outro lado, a indústria continua a dar sinais de fraqueza, juntamente com a construção e investimento, pesando nas perspetivas da economia nacional neste arranque de ano.
Numa nota ainda mais preocupante, os indicadores de confiança e sentimento económico deterioraram-se assinalavelmente em fevereiro, contrariando a tendência do mês anterior e caindo de uma forma que “não parece encontrar paralelo nas principais economias da área euro, mas que abre alguma incerteza a curto prazo”.
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