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Barómetro revela que maioria considera a implementação de construções mais sustentáveis ​​uma prioridade

Em Portugal, ainda que apenas 8% dos stakeholders descrevam a construção sustentável como promotora do bem-estar e saúde dos ocupantes, 52% defendem que o conceito está associado à saúde, segurança e bem-estar dos utilizadores dos edifícios, desde a construção até à utilização.
6 Maio 2025, 19h31

A 3ª edição do Barómetro da Construção Sustentável da Saint-Gobain, inquérito mundial conduzido pelo Occurrence-Ifop, que mede o progresso na área da construção sustentável, revela que mais de 50% dos inquiridos em Portugal consideram que os profissionais de arquitetura e engenharia, instituições públicas e empresa privadas devem ser os grandes impulsionadores da construção sustentável.

Lançado em 2023, em 10 países, o Barómetro da Construção Sustentável abrange agora 27 países, com um amplo espectro de partes interessadas: profissionais, estudantes, autoridades locais eleitas/representantes do governo local e membros de associações. Como novidade, este ano, o inquérito também entrevistou cidadãos comuns, dando-lhes voz no debate sobre a construção sustentável.

Segundo o estudo 67% dos intervenientes afirmam ter uma boa compreensão do conceito de construção sustentável. Este número aumentou 6 pontos no espaço de um ano.

“A urgência percebida para agir sobre o assunto também continua a ser elevada”, refere a  Saint-Gobain que acrescenta que 69% das partes interessadas consideram a implementação de construções mais sustentáveis ​​uma prioridade.

Este resultado estável é sustentado por uma perceção partilhada pelos cidadãos, que estão de acordo com a questão: 60% consideram-na prioritária e 95% consideram-na importante. “O desafio agora é converter este elevado nível de sensibilização das partes interessadas e do público em ações concretas”, refere a empresa.

“Este desejo de seguir em frente não se expressa com a mesma intensidade em todo os países, mas Portugal destaca-se pela positiva, já que 99% das partes interessadas e 98% dos cidadãos inquiridos consideram a implementação da construção sustentável de elevada prioridade e a taxa de conhecimento sobre o conceito é de 71% entre o primeiro grupo e de 36% no segundo.

Para além do consenso em acelerar a transição do sector, o papel dos intervenientes privados é muito apreciado, já que 87% dos inquiridos acreditam que precisamos de “ir mais longe” em termos de construção sustentável. Os intervenientes na fase de projeto, posicionados a montante na cadeia de valor, parecem ser a força motriz essencial: globalmente, 56% dos respondentes consideram os arquitetos e as empresas de engenharia os intervenientes mais legítimos para promover esta transição, seguidos pelas empresas privadas do setor, com 44%.

A eficiência energética dos edifícios (35%) e a utilização de materiais ecológicos (31%) continuam a ser os principais critérios para definir o conceito de “construção sustentável”.

Em Portugal, ainda que apenas 8% dos stakeholders descrevam a construção sustentável como promotora do bem-estar e saúde dos ocupantes, 52% defendem que o conceito está associado à saúde, segurança e bem-estar dos utilizadores dos edifícios, desde a construção até à utilização.

As ações consideradas prioritárias passam, entre outras, por formar os profissionais, implementar regulamentação para a renovação energética, sensibilizar o público em geral, reforçar a colaboração entre os vários stakeholders, melhorar a competitividade dos materiais, produtos e soluções sustentáveis e renovar o edificado existente.

O Barómetro aponta que “no âmbito dos desafios demográficos, sociais, energéticos e climáticos enfrentados pelas comunidades, o setor da construção deve acelerar a sua transformação no sentido de ser cada vez mais sustentável: um ambiente construído que contribua positivamente para a saúde e o bem-estar das pessoas, resistente perante alterações climáticas e com emissões de carbono reduzidas; e habitação acessível a todos, sem comprometer a qualidade e o desempenho”.

Para Benoit Bazin, Presidente e CEO da Saint-Gobain “as conclusões são claras: é tempo de agir. Para que a construção sustentável se torne a norma, precisa não só de ser melhor compreendida, mas também totalmente alinhada com as expetativas dos cidadãos e dos profissionais”.

“Para além dos seus benefícios ambientais, as suas vantagens tangíveis em termos de conforto, saúde e bem-estar permanecem frequentemente negligenciadas. Para garantir a sua expansão, é essencial adotar uma abordagem abrangente e enraizada nas especificidades locais, tendo em conta os padrões de utilização, os contextos territoriais e as realidades locais”, acrescenta.

Asier Amorena, CEO da Saint-Gobain em Portugal, afirma que  “na Saint-Gobain Portugal, estamos atentos à evolução das necessidades e expetativas do mercado no que diz respeito à sustentabilidade da construção”.

“Enquanto agente do setor e de forma a dar-lhe resposta, a Saint-Gobain continuará a apostar, não só no desenvolvimento de soluções inovadoras, mas também na ativação de programas de informação e sensibilização, internos e externos – como o Mês da Sustentabilidade – com várias iniciativas com que pretende chamar a atenção para este tema e impulsionar a sua implementação”, completa.

 

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