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Barragem de Fridão: cancelamento da construção “foi a decisão correta”, diz GEOTA

Face ao “desinteresse da EDP”, o Governo anunciou que a construção da barragem do Fridão não vai avançar. Ana Brazão, coordenadora do GEOTA, reforça que o “Governo tomou a decisão que melhor defende a segurança das populações, os valores ambientais e patrimoniais”.
  • Cristina Bernardo
16 Abril 2019, 14h34

O Governo anunciou esta terça-feira, 16 de abril, que a barragem de Fridão, no rio Tâmega, não vai ser construída pela EDP.” A decisão está tomada, a barragem não irá ser construída”, anunciou hoje o ministro do Ambiente no Parlamento.

Em resposta ao anúncio, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) congratulou-se com a decisão do Governo de cancelar a construção, argumentando que o “Governo tomou a decisão que melhor defende a segurança das populações, os valores ambientais e patrimoniais, o potencial económico e turístico da região e que evita o aumento da fatura da eletricidade. Foi a decisão correta.”

https://jornaleconomico.pt/noticias/construir-a-barragem-do-fridao-vai-ser-uma-decisao-danosa-e-potencialmente-catastrofica-salienta-ana-brazao-do-geota-425809

“Chegou ao fim uma luta de anos,”, lê-se o comunicado enviado, esta terça-feira, às redações, “pela defesa dos valores sócio-económicos, patrimoniais e ambientais, pela segurança das populações, pela boa gestão do dinheiro público e contra o aumento da fatura elétrica que este projeto ruinoso iria provocar. Chegou ao fim uma luta justa que, desta vez, foi ganha”, afirmou Ana Brazão, dirigente dos GEOTA.

O ministro do Ambiente já tinha afirmado anteriormente que a construção desta barragem “não é necessária”, uma vez que a meta de 80% de produção de energia a partir de fontes renováveis pode ser atingida sem esta barragem.

Caso o Governo decidisse cancelar a construção da barragem unilateralmente, poderia ser obrigado a devolver os 218 milhões de euros que a EDP pagou em 2009 quando foi lançado o concurso de construção. Contudo, o ministro acredita que não existem razões para a EDP ser indemnizada pela não construção da central hidroelétrica. “Face ao desinteresse da EDP, face ao que já aconteceu em Girabolhos, pela Endesa, e Alvito, pela EDP, o Estado acredita que não há razões” para a devolução da verba. “Estamos convencidos que não há lugar a qualquer restituição”, reforçou.

 

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