[weglot_switcher]

Basta! e Aliança superam CDS-PP no orçamento de campanha para as europeias

Novos partidos apostam forte nas eleições para o Parlamento Europeu e destacam-se entre aqueles que pretendem gastar mais numa campanha eleitoral em que só o PS ultrapassa o milhão de euros.
21 Abril 2019, 11h55

A Coligação Basta!, liderada por André Ventura, e a Aliança, partido criado por Pedro Santana Lopes, têm o quinto e o sexto maiores orçamentos de campanha para as eleições europeias de 26 de maio, segundo a documentação entregue ao Tribunal Constitucional pelas listas que se apresentam a votos, relegando o CDS-PP para a sétima posição de um ranking liderado pelo PS e em que PSD, CDU e Bloco de Esquerda vêm logo a seguir.

Apesar de ter um orçamento distante dos 1,250 milhões de euros que o PS pretende gastar para assegurar a vitória da lista encabeçada pelo ex-ministro Pedro Marques – tal como dos 890 mil euros previstos pelo PSD para ajudar Paulo Rangel a tornar-se o mais votado, dos 850 mil euros com que a CDU procura repetir o excelente resultado de João Ferreira em 2014 ou até dos 576.200,88 destinados pelo Bloco de Esquerda à campanha de Marisa Matias –, a coligação formada pelo PPM e PPV (e que conta com os movimentos Chega, de André Ventura, e Democracia 21, de Sofia Afonso Ferreira) destaca-se, com um orçamento de 500 mil euros.

A Coligação Basta! espera obter 400 mil euros através de angariações de fundos, enquanto a Aliança, que conta gastar 350 mil euros na campanha para as eleições europeias, depende inteiramente, segundo a documentação entregue ao Tribunal Constitucional, da subvenção estatal que será obtida em caso de eleger pelo menos o cabeça de lista Paulo Sande para o Parlamento Europeu. Mais atrás, com apenas 312 mil euros orçamentados, vem o CDS-PP, que depende a 100% dos cofres do partido para custear a campanha eleitoral que procura melhorar a representação em Estrasburgo, onde atualmente só conta com Nuno Melo, que é o cabeça de lista.

Ainda mais reduzido é o orçamento do Partido Democrático Republicano, que procura manter o seu cabeça de lista, António Marinho e Pinto (grande surpresa das europeias de 2014, então nas listas do Movimento Partido da Terra), no Parlamento Europeu. Contará com apenas 82.500 euros, ainda assim acima dos 78.410,63 euros destinados à campanha do PAN.

Entre as restantes listas destaca-se a Iniciativa Liberal, com 28 mil euros que deverão ser aproveitados quase por inteiro para cartazes e outdoors. Logo atrás vem o PCTP/MRPP, que recua para 16 mil euros, após ter apresentado um orçamento de 60 mil euros em 2014, na sequência do afastamento do ex-líder Garcia Pereira e da morte de Arnaldo de Matos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.