O Banco Central Europeu (BCE) adiou novamente o corte das taxas de juros.
Os olhos dos mercados vão estar agora na habitual conferência de imprensa de Christine Lagarde (13h45) desde Frankfurt à procura de pistas sobre se os cortes vão mesmo arrancar em junho, conforme descontado pelo mercado.
No comunicado da decisão, o BCE destaca que a inflação “continuou a cair, alimentada por preços mais baixos na alimentação e bens. As medidas da inflação subjacente estão a aliviar, o crescimento dos salários está a moderar-se gradualmente, e as empresas estão a absorver parte do aumento dos custos laborais nos seus salários”.
No entanto, “as condições de financiamento continuam restritivas e os anteriores aumentos de taxas continuam a pesar na procura, o que ajuda na pressão baixista da inflação. Mas as pressões sobre os preços domésticos são fortes e estão a manter elevada a inflação dos serviços”.
O Conselho do BCE garante “estar determinado em assegurar que a inflação regressa à sua meta de 2% de forma ordeira. Considera que as taxas de fereência estão em níveis que vão dar uma contribuição substancial para o processo em curso de desinflação. As decisões futuras do Conselho vão garantir que as taxas vão continuar suficientemente restritivas durante o tempo que for necessário”.
Se o outlook da inflação, as dinâmicas da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária “aumentarem mais a confiança de que a inflação está a convergir para a meta de forma ordeira, seria apropriado reduzir o nível atual de restrição monetária. De qualquer caso, o Conselho vai continuar a seguir uma abordagem dependente-de-dados e encontro-a-encontro para garantir o nível apropriado e a duração da restrição, não estando a fazer qualquer pré-comprimisso para um trajeto de taxas em particular”.
As taxas de juro de referência mantiveram-se assim nos mesmos níveis: taxa sobre as operações principais de refinanciamento (4,5%), taxa de cedência de liquidez (4,75%) e taxa de depósitos (4%).
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