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BCE voltou a Sintra em tom de autoelogio e sem levantar véu sobre mexidas nos juros

Encontro anual do BCE não trouxe novidades relevantes, nem com a revisão da estratégia – um exercício que Lagarde classificou como “uma evolução, não revolução”. Powell recebeu apoio dos seus colegas perante as ameaças de Trump e o momento mais ‘quente’ viu o atual, o antigo e, quiçá, o futuro governador do BdP, convergirem na crítica a um estudo laboral.
Policy panel at the ECB Forum on Central Banking in Sintra, Portugal, 1 July 2025. Speakers: Andrew Bailey, Governor, Bank of England; Christine Lagarde, President, European Central Bank; Jerome Powell, Chair, Board of Governors of the Federal Reserve System; Chang Yong Rhee, Governor, Bank of Korea; Kazuo Ueda, Governor, Bank of Japan. Moderator: Francine Lacqua, Anchor and Editor-at-large, Bloomberg Television.
6 Julho 2025, 17h00

Além de repetidas mensagens de prudência perante uma incerteza ainda em alta, o Fórum do Banco Central Europeu (BCE) deste ano ficou marcado pela apresentação da revisão da estratégia da autoridade monetária, que também ficou longe de trazer grandes novidades. O presidente da Fed voltou a ignorar os insultos de Trump, recebendo o apoio dos seus colegas, e houve ainda lugar para um alinhamento entre o atual, o antigo e um dos possíveis futuros governadores do Banco de Portugal (BdP).

A 12ª edição do evento anual do BCE, novamente realizada em Sintra, contou com várias apresentações de estudos, prémios e os habituais painéis de debate, com o destaque a ir para a discussão que reuniu os governadores de cinco dos maiores bancos centrais do hemisfério norte – BCE, Fed, Banco de Inglaterra (BoE), Banco do Japão (BoJ) e Banco da Coreia. A palavra de ordem, no entanto, não variou de ocasiões passadas recentes: prudência.

Umas horas depois de divulgado que a inflação na zona euro teria caído para 2% em junho, igualando o objetivo do BCE, Christine Lagarde rejeitou a ideia de “missão cumprida, mas sim objetivo alcançado”. Alertando que as perspetivas continuam a apontar para “muita incerteza e um risco crescente de fragmentação”, a dependência dos dados será para se manter, pelo que não houve lugar para quaisquer sinais quanto ao rumo futuro dos juros – ecoando uma mensagem repetida vezes sem conta nas suas conferências de imprensa.

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