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BCP, Altri e Galp recuam e põem PSI-20 em rota descendente em linha com a Europa

A banca puxou o IBEX para as maiores perdas da Europa à custa dos resultados do Santander. O BCP não escapou e fechou em queda significativa no dia em que os lucros da unidade polaca caem 75%. A Galp e a Altri lideraram as perdas num índice com 13 ações em queda.
27 Outubro 2020, 17h48

O PSI-20 volta a fechar em queda. Desta vez perdeu -1,83% para 3.977,43 euros e os títulos que mais caíram foram a Altri (-4,26% para 3,24 euros) e a Galp (-4,47% para 7,40 euros). Mas há mais perdas em destaque. O BCP, no dia em que a filial na Polónia anunciou uma queda anual dos lucros de 75% deslizou em bolsa -3,19% para fechar nos 0,0728 euros.

A Navigator caiu -3,23% para 1,858 euros,  no dia em que comunica que que vai gastar 10 milhões de euros num pacote de benefícios aos colaboradores para os apoiar no “período difícil que a economia atravessa, reconhecendo o esforço comum e o desempenho durante a pandemia”. Isto “apesar do forte impacto económico que a empresa tem sofrido, a sua robustez financeira e a confiança com que encara o futuro permitem a aplicação desta medida de partilha com os seus 3.200 trabalhadores e respetivas famílias”. Hoje, a produtora de papel vai ainda apresentar os resultados relativos ao terceiro trimestre deste ano.

A Pharol sofreu uma queda de -3,77%; a NOS tomba -3,45% para 2,912 euros; os CTT voltam a cair -2,23% para 2,19 euros; a EDP Renováveis perde -1,50% para 15,74 euros e a EDP recua -0,12% para 4,3150 euros.

Em alta destaca-se a Ibersol (+1,29% para 3,93 euros); a Mota-Engil que avançou 1,06% para 1,144 euros; e a Novabase que subiu 1,27% para 3,20 euros.

O índice nacional está hoje a acompanhar as quedas no resto da Europa. O EuroStoxx 50 recuou 0,94% para 3.076,15 pontos.

O FTSE 100 caiu 1,09% para 5.729 pontos; o CAC perdeu 1,77% para 4.730,7 pontos; o DAX recuou 0,93% para 12.063,6 pontos; o FTSE MIB deslizou 1,53% para 18.654,9 pontos e o IBEX liderou as perdas ao cair 2,14% para 6.651,3 pontos.

O índice espanhol foi arrastado pela banca, depois de hoje o Santander ter apresentado os seus resultados. O grupo bancário espanhol Santander obteve lucros de 3658 milhões de euros líquidos nos primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 40,8% em relação a um ano antes, com os resultados em Portugal a contribuírem com 243 milhões.

Em termos macroeconómicos, hoje o Ifo divulgou uma análise que demonstra que otimismo entre os exportadores alemães sofreu um revés. Em outubro, as expectativas de exportação na indústria (ifo Export Expectations) caíram de 10,3 pontos para 6,6 pontos. O aumento do número de infeções em todo o mundo é motivo de preocupação crescente na indústria de exportação.

A indústria de alimentação e bebidas espera que as suas exportações diminuam, e os fabricantes de têxteis e roupas também não estão satisfeitos com o desenvolvimento dos seus mercados internacionais. Por outro lado, as expectativas dos fabricantes de aparelhos eletrónicos e ópticos deram um salto claro e a indústria química também espera que as vendas internacionais aumentem. O indicador atingiu seu nível mais alto desde dezembro de 2018.

No mercado de dívida soberana, a dívida alemã a 10 anos recua 3,54 pontos base para -0,62%. Já a divida portuguesa tem os juros em queda de 2,89 pontos base para 0,13%; a dívida espanhola baixa 2,81 pontos base para 0,16% e a italiana também desce 3,85 pontos base para 0,70%, apesar de bater recordes diários de contágio.

O euro ganha 0,15% para 1,1828 dólares.

O petróleo Brent dispara 2,10% para 41,31 dólares o barril, acompanhado a cotação do crude West Texas nos EUA que avança 3,06% para 39,74 dólares.

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