Nem o facto de a agência financeira Moody´s ter decidido subir os ratings da Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta e Novo Banco perante a melhoria do cenário operacional no setor financeiro nacional, ajudou a cotação do maior banco privado português.
As ações do BCP caíram 2,76% para 0,26 euros. O índice PSI 20 fechou em queda de 0,23% para 5.203,07 pontos.
No BCP e na CGD a Moody’s aumentou o rating dos depósitos para Baa3/Prime-3, face aos anteriores Ba1/Not Prime, o que reflete a “melhoria do perfil macro [de Portugal] em conjunto com o progresso significativo do banco na implementação do plano estratégico 2017-2020”.
O BCP viu ainda o rating do programa de dívida ser melhorado de Ba1 para Ba2. O banco do Estado e o BCP passam assim a ter uma classificação dos depósitos num nível fora de lixo.
O banco liderado por Miguel Maya apresenta resultados depois do mercado fechar na próxima segunda-feira e a queda das ações estará relacionada com o facto de o JB Capital ter descido preço-alvo e cortado a recomendação para o título.
O espanhol JB Capital Markets reviu em baixa a recomendação do BCP, de “comprar” para “neutral”, e, de acordo com a Bloomberg, baixou em 14% a avaliação das ações do banco português. O preço-alvo passou de 35 cêntimos para 30 cêntimos.
Em queda também a Mota-Engil (-0,88% para 1,908 euros); a Sonae Capital (-0,84%); a Corticeira Amorim (-0,82% para 9,640 euros); a Pharol (-0,78%); a NOS (-0,77%) e a REN (-0,60% para 2,475 euros), isto depois de ter anunciado a compra da Transemel por 167 milhões de dólares.
Em alta a Jerónimo Martins, Galp e EDP Renováveis foram as que se destacaram. A retalhista subiu 1,19% para 14,835 euros; a Galp valorizou 0,96% para 14,175 euros; e a EDP Renováveis ganhou 0,87% para 9,3 euros. Isto depois de ter anunciado as contas do 1.º semestre. Até junho a EDP Renováveis reportou um resultado líquido de 343 milhões de euros, o que compara com os 139 milhões registados no mesmo período do ano passado.
Na Europa o movimento foi misto. O EuroStoxx 50 manteve nos 3.532,9 pontos.
O FTSE 100 caiu 0,73% para 7.501,5 pontos; o CAC 40 deslizou 0,22% para 5.605,9 pontos; o DAX ao contrário subiu, 0,26% para 12.522,9 pontos. Depois o IBEX fechou em alta de 0,52% para 9.329,7 pontos e o FTSE MIB avançou 0,57% para 22.080 pontos.
Os fracos dados de atividade económica penalizaram mais umas bolsas que outras.
Foram fracos os dados de atividade na Zona Euro, com especial destaque para o agravamento do ritmo de contração na indústria.
De resto, o dia foi marcado pelos resultados empresariais com o tombo do alemão Deustche Bank (-1,38%) entre os destaques, após apresentar prejuízos trimestrais acima dos 3 mil milhões.
Da Alemanha a notícia que o ministro da Economia germânico, Peter Altmaier, propõe uma solução para acabar com o diferendo com Trump: taxa “zero” para os carros importados dos EUA.
Segundo o analista da Mtrader do BCP, “o foco vira-se agora para o BCE que vai divulgar amanhã as conclusões de política monetária, com o mercado na expectativa que o Banco Central se mostre favorável a novos estímulos à economia”.
No Reino Unido, Boris Johnson foi indigitado primeiro-ministro pela Rainha Isabel II.
Na dívida soberana a Alemanha vê os juros caírem 2,3 pontos base para uma yield negativa de -0,378%. Portugal desce os juros -4,3 pontos base para 0,417%; Espanha idem, com os juros a descerem 4,7 pontos base para 0,347% e Itália perde 10,9 pontos base para 1,493%.
O barril de petróleo Brent, em Londres, sobe 0,09% para 63,89 dólares.
O euro cai 0,06% para 1,1145 dólares.
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