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BCP, Caixa e Haitong lideram na corretagem de ações no primeiro trimestre

Nas ordens sobre dívida pública liderou também o BCP, com uma quota de mercado de 39,0%, seguido do Banco Santander Totta (32,3%) e do Caixa – Banco de Investimento (13,8%). Já nas ordens sobre dívida privada, o Banco Santander Totta teve a maior quota de mercado, com 81,1%, seguido do Haitong Bank (8,6%) e do BCP (3,0%).
1 Maio 2019, 11h30

O Banco Comercial Português (BCP) foi o intermediário financeiro com a quota de mercado mais elevada (30,2%) no segmento de ações, seguido do Caixa – Banco de Investimento (14,1%) e do Haitong Bank (12,6%), em termos de volume de ordens executadas no mercado a contado.

Nas ordens sobre dívida pública liderou também o BCP, com uma quota de mercado de 39,0%, seguido do Banco Santander Totta (32,3%) e do Caixa – Banco de Investimento (13,8%). Já nas ordens sobre dívida privada, o Banco Santander Totta teve a maior quota de mercado, com 81,1%, seguido do Haitong Bank (8,6%) e do BCP (3,0%).

No primeiro trimestre de 2019, o volume de ordens executadas no mercado a contado pelos intermediários financeiros a operar em Portugal totalizou 18.743,5 milhões de euros, mais 39,5% do que no trimestre anterior e menos 2,3% do que em igual período de 2018.

As ordens executadas sobre dívida privada e dívida pública cresceram face ao quarto trimestre, respetivamente 33,0% e 53,4%, enquanto sobre ações caíram 18,9%, avança a CMVM.

No que se refere às transações realizadas fora de mercado representaram 33,8% do total de ordens, tendo subido 19,9% para 6.340,5 milhões de euros. A internalização de ordens subiu 73,4%, para 10.599,6 milhões de euros. As transações nos mercados nacionais pesaram 7,8% do total no primeiro trimestre e ascenderam a 1.456,2 milhões de euros, menos 16,1% do que nos três meses anteriores.

No mercado a prazo (onde se incluem os futuros), o valor transacionado entre janeiro e março totalizou 4.354,3 milhões de euros, mais 6,9% do que nos três meses anteriores e menos 56,0% face ao valor registado em igual período de 2018. Os CFDs (contract for difference) representaram 94,2% do total de ordens executadas neste mercado, tendo o valor negociado neste instrumento financeiro sido de 4.102,1 milhões de euros. Os contratos de futuros pesaram 4,7% do total.

Os contratos de derivados foram o ativo subjacente mais procurado no trimestre (60,0% do total), com o valor das ordens a totalizar 2.610,6 milhões de euros, seguidos das taxas de câmbio, que pesaram 34,8% nas decisões de investimento.

As ordens sobre derivados foram maioritariamente executadas fora de mercado (95,3% do total), enquanto 4,4% foram nos mercados nacionais e 0,2% nos internacionais.

No que se refere às receção de ordens por conta de outrem, entre janeiro e março, o valor das ordens recebidas no mercado a contado pelos intermediários financeiros registados na CMVM totalizou 19.995,7 milhões de euros, mais 25,2% do que nos três meses anteriores e menos 10,4% quando comparado com o período homólogo de 2018.

Os investidores residentes foram responsáveis por 43,2% do valor dessas ordens recebidas, num total de 8.645,8 milhões de euros, uma subida de 6,1% face ao quarto trimestre de 2018. Já as ordens dos investidores não residentes cresceram 45,0% para 11.350,0 milhões.

A dívida pública foi o ativo financeiro mais procurado (61,2% do total), tendo registado um aumento trimestral de 43,9%, seguida dos títulos sobre dívida privada e de ações, que atingiram, respetivamente, 3.421,2 milhões de euros e 2.760,9 milhões, avança a CMVM.

Quanto ao investimento por país, Portugal recebeu 54,5% do valor das ordens (1.924,5 milhões de euros), seguido dos Estados Unidos (14,9%) e França e Alemanha (ambos com 6,9%).

Os canais tradicionais (telefone, fax, presencial) continuam a ser os mais utilizados para a transmissão de ordens (87,5% do total). No entanto a utilização da Internet para transmissão de ordens teve um crescimento trimestral de 19,5%.

No mercado a prazo, o volume das ordens recebidas por intermediários financeiros situou-se em 17.275,0 milhões de euros, uma descida de 14,2% face aos três meses anteriores. Os CFDs (61,5% do total) e os futuros (37,6%) foram os instrumentos financeiros mais utilizados pelos investidores no período considerado, enquanto ao nível dos ativos subjacentes, as preferências recaíram sobre os índices (36,6%) e as taxas de câmbio (31,9%).

Negociação por conta própria pelos intermediários financeiros

No mercado a contado, o valor transacionado pelos intermediários financeiros por conta própria cresceu 34,0% para 77.404,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019, em relação aos três meses anteriores, tendo recuado 5,5% face ao período homólogo.

A estatísticas da CMVM revelam que a dívida pública foi o valor mobiliário mais procurado para negociação por conta própria, 77,3% do total. Por sua vez, as transações de títulos de dívida privada subiram 27,8% no período considerado para 6.931,4 milhões de euros.

No segmento acionista, o valor negociado por conta própria caiu 21,8% em relação ao quarto trimestre, tendo recuado 70,3% face ao mesmo período de 2018. Os títulos nacionais mais transacionados foram os da Altri (45,9% do total), da F. Ramada (7,4%) e da Sonae (7,2%).

No mercado a prazo, o valor das transações por conta própria caiu 7,2%, para 13.043,6 milhões de euros. Deste montante, 84,6% teve como finalidade a negociação, enquanto 15,4% se destinou ao hedging  (para reduzir os riscos de negociação de flutuações indesejadas).

Os contratos de futuros foram o instrumento financeiro derivado mais utilizado nas carteiras de negociação, representando a quase totalidade do valor dos negócios. As taxas de juro de médio e longo prazo e as taxas de juro de curto prazo foram os ativos subjacentes preferenciais dos intermediários financeiros, representando, respetivamente, 56,3% e 31,8% do total dos derivados.

Concessão de crédito para a realização de operações sobre valores mobiliários

O montante utilizado dos créditos concedidos para a realização de operações sobre valores mobiliários (ações, obrigações, etc) totalizou 1.911,0 milhões de euros entre janeiro e março, menos 1,3% do que nos três meses anteriores. Deste montante, 43,6% foi concedido pelo Deutsche Bank (Portugal) e 25,6% pela Caixa Geral de Depósitos.

No que toca ao registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem, o montante situou-se em 229.973,2 milhões de euros (230 mil milhões) no primeiro trimestre deste ano, mais 2,0% do que nos três meses anteriores e menos 3,2% do que no período homólogo de 2018. Os clientes residentes representavam 78,3% do valor total no final de março, sendo que 43,7% operaram nos mercados regulamentados.

Já o montante de registo e depósito de valores mobiliários por conta própria totalizou 115.780,6 milhões de euros (115,8 mil milhões) no primeiro trimestre, mais 3,2% do que no trimestre anterior e mais 4,4% do que no período homólogo. Os emitentes residentes representavam 78,1% do montante total, sendo que 37,8% operaram nos mercados regulamentados.

Corretoras cobraram menos comissões

As comissões líquidas cobradas pelas sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem situaram-se em 12,0 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, o que representa uma descida de 5,1% face ao período homólogo. O ativo e passivo, ajustados de operações pendentes de liquidação, cresceram no mesmo período 26,2% e 33,6%, respetivamente.

Os capitais próprios e equiparados dos intermediários financeiros representaram 14,9% do passivo no final de dezembro, contra 20,9% em igual período do ano anterior. A rendibilidade dos capitais próprios foi de 15,3%, contra 23,6% em dezembro de 2017.

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