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BCP dispara na bolsa e aproxima-se dos 0,25 euros por ação. Europa fecha no verde

As bolsas europeias fecharam em alta depois da banca norte-americana ter apresentado resultados. O índice global EuroStoxx 50 subiu 0,08% para 3.450,5 pontos.
15 Abril 2019, 17h33

As ações do BCP subiram hoje 3,58% para 0,2485 euros por ação, o que foi acompanhado por um forte volume negociado (+128% face à média das últimas 20 sessões, segundo a Mtrader). Isto numa altura em que os investidores têm os olhos postos na divulgação dos resultados do setor bancário nos EUA. O PSI 20 avançou 0,56% para 5.409,55 pontos.

Seguiram-se as ações do setor do papel no ranking de subidas de hoje. A Altri avançou 1,51% para  7,380 euros; a Navigator valorizou 1,42% para 4,300 euros por ação; e a holding Semapa subiu 1,21% para 15,020 euros. Destaque ainda para a Jerónimo Martins que subiu 1,35% para 14,240 euros.

A Galp liderou nos títulos em queda. A empresa portuguesa caiu  -1,19% para 14,480 euros, após a apresentação do “trading update” do primeiro trimestre.

Os dados operacionais preliminares relativos aos primeiros três meses do ano revelam que a produção net entitlement (kboepd) subiu 1,8% para 110,8 mil barris diários; produção working interest (kboepd)  aumentou 8% para 112,6 mil barris diários; as matérias primas processadas desceram 10% para 22,6 mmboe; a venda dos produtos refinados teve uma queda de 11% em termos homólogos para os 3,6 mt; as vendas totais  de GN/GNL (gás natural) estão estáveis; a margem de refinação da Galp foi 2,3 dólares, uma queda homóloga de 30%.  A petrolífera irá apresentar os resultados no dia 29 de abril.

Nota ainda para a EDP que caiu -0,69% para 3,460 euros; e a EDP Renováveis que desceu  -0,35% para 8,650 euros.

De acordo com o revelado pela Bloomberg, a China Three Gorges prevê reduzir a sua oferta de aquisição de 9,1 mil milhões de euro, sobre a EDP. Em alternativa, está a avaliar transações mais pequenas, que deixem de fora os ativos da EDP nos Estados Unidos, mercado onde é mais provável uma oposição regulatória. Esta decisão surge devido a preocupações com obstáculos políticos que deverão inviabilizar o negócio. Mas também depois de a CMVM ter dado 45 dias à CTG para definir um desfecho para a OPA. A CMVM alertou que se os acionistas da EDP rejeitarem a proposta de alteração estatutária do fundo Elliot dá-se “a não verificação” de uma das condições para o registo da oferta sobre a EDP. A “CMVM notificará o oferente estabelecendo um prazo de 45 dias de calendário dentro do qual se deverão verificar as restantes condições de que depende o registo e lançamento das ofertas, nomeadamente a obtenção de todas as aprovações ou autorizações administrativas exigíveis, bem como a aprovação da restante alteração estatutária relevante”, segundo um comunicado do supervisor da semana passada.

A  CTG, segundo a Bloomberg, está a pensar investir em alguns ativos brasileiros da EDP ou em fazer uma parceria naquele mercado, diz a Bloomberg.

As bolsas europeias fecharam em alta depois da banca norte-americana ter apresentado resultados.  O índice global EuroStoxx 50 subiu 0,08% para 3.450,5 pontos.

As atenções estiveram sobretudo focadas nos resultados divulgados nos EUA, assim como nos desenvolvimentos relacionados com as conversações entre a China e os Estados Unidos. No fim de semana, o Secretário do Tesouro Steve Mnuchin referiu que esperava que as conversações terminariam brevemente.

Relativamente ao setor bancário, “a Bloomberg informou que o Deutsche Bank estima que caso se concretize a fusão com o Commerzbank poderá registar um impacto negativo de 1000 mil milhões a 1500 milhões de euros em perdas de receitas provenientes de clientes que abandonarão o banco resultante desta operação”, avançam os analistas do BPI na sua nota de fecho dos mercados.

“No mercado francês, as ações da empresa de publicidade Publicis valorizaram-se 1,19%, favorecidas pela apresentação dos seus resultados e pela notícia da oferta de compra sobre a Epsilon no valor de 4.400 milhões de dólares”, diz a nota do BPI.

Já a finlandesa Nokia desceu 3,96%, depois do corte de recomendação dado pela Goldman Sachs.

No exterior, rumores de que o Estado francês poderá estar interessado em adquirir a posição não detida na EDF animaram os títulos da utility, segundo o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

O FTSE 100 manteve-se 7.436,9 pontos; o CAC 40 ganhou 0,11% para 5.508,7 pontos; o DAX subiu 0,17% para 12.020,3 pontos; o Ibex subiu 0,30% para 9.497,10 pontos; o FTSE MIB subiu 0,16% para 21.892,42 pontos.

Em termos macroeconómicos, segundo o Eurostat, em 2018, a média do custo horário do trabalho em Portugal (excluindo os sectores da agricultura e administração pública) subiu de 14,0 para 14,2 euros, registando um aumento homólogo de 1,4%, o quarto menor aumento homólogo entre os países na Zona Euro. Na zona Euro, a média do custo horário do trabalho aumentou 2,7% (de 26,7 para 27,4 euros), enquanto na Zona Euro o indicador subiu 2,2% (de 30,0 para 30,6 euros).

Entre os países da Zona Euro, as maiores subidas homólogas foram registadas na Letónia (12,9%), Lituânia (10,4%) e Estónia e Eslováquia (ambos com 6,8%), enquanto as menores subidas foram registadas em Malta (0,4%), Finlândia (1,2%), Espanha (1,3%) e Portugal (1,4%).

O barril de Brent, negociado em Londres, está a descer 0,57% para os 71,14 dólares.

O euro sobe 0,06% para 1,1306 dólares.

A dívida alemã a 10 anos sobe 0,1 pontos base para 0,056%; a dívida portuguesa agrava 2,4 pontos base para 1,196%; a dívida espanhola sobe 3,5 pontos base para 1,084% e a dívida italiana também a subir 3,7 pontos base para 2,578%.

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