O Millennium Bank, detido a 50,1% pelo BCP, é uma das três entidades que vai avançar com uma proposta vinculativa para a compra de alguns do activos do Deutsche Bank na Polónia, nomeadamente balcões e alguns créditos, mas, segundo fonte ligada ao processo, se chegarem a comprar é uma operação muito pequena e sem impacto financeiro significativo.
Nuno Amado confirmou hoje à Lusa que o banco polaco maioritariamente detido pelo BCP está a analisar a compra de ativos do Deutsche Bank na Polónia.
“É uma análise que se está a fazer, e que vai ter algum epílogo, mas as condições de análise e eventual proposta são, obviamente, condicionadas por um conjunto de critérios que, neste momento, estão a ser analisados”, disse o banqueiro, em Coimbra, à margem da conferência ‘Saúde Privada em Portugal’, organizada pelo Millennium bcp.
Segundo soube o Jornal Económico a probabilidade de o BCP ganhar a corrida à compra daqueles ativos na Polónia é baixa, uma vez que o Commerzbank é aparentemente o mais bem colocado para concretizar a aquisição.
Além do Millennium, o mBank (detido pelo Commerzbank) e o BZ WBK (propriedade do Santander) estão também entre a lista de candidatos à compra do 12.º maior banco do país que tem uma quota de mercado de 1% na Polónia.
As ofertas iniciais já terão sido avançadas pelos três candidatos, enquanto as propostas vinculativas pelo negócio do banco alemão na Polónia deverão chegar entre o final de Julho e Agosto, refere um jornal polaco citado pelo Negócios.
O Deutsche Bank pôs à venda a carteira de depósitos e a carteira de crédito denominados em zloty (a moeda local), o negócio de banca de investimento e corporate e balcões. O valor dos activos em alienação pode chegar aos 500 milhões de euros segundo o jornal, sendo que o interesse do BCP é apenas numa fração destes ativos e portanto o valor em causa será significativamente inferior.
Nas mãos do banco alemão continuarão os empréstimos denominados em moeda estrangeira, de acordo com as regras bancárias internas.
Os bancos privados internacionais têm sofrido com a baixa rentabilidade do negócio na Polónia devido às baixas taxas de juro, aos impostos sobre o sector bancário e aos pagamentos obrigatórios a um fundo de garantia.
No final do ano passado, o negócio do Deutsche Bank na Polónia geria activos avaliados em 39 mil milhões de zloty (9,2 mil milhões de euros) e lucrou 23,6 milhões de euros.
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