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BCP quer concluir plano de redução de pessoal a 5 de dezembro

O processo de negociação voluntária decorre até 18 de agosto, tendo o banco comunicado aos sindicatos que, se não atingir a meta (de reduzir ligeiramente acima de 800 pessoas) pode avançar com o despedimento coletivo em setembro.
  • ANTÓNIO COTRIM/LUSA
18 Junho 2021, 20h25

O objetivo do Millennium BCP é encerrar o plano de reestruturação, que passa pelo ajustamento do quadro de pessoal, em 5 de dezembro, segundo a apresentação do banco aos sindicatos que foi consultada pela Lusa.

O Jornal Económico avançou na sua edição desta sexta-feira que o BCP negociou com os sindicatos uma redução do quadro de pessoal entre 800 e mil pessoas, mas o número que está nos planos do banco é mais perto do limite inferior do intervalo.

A Lusa detalha que os trabalhadores poderão sair por reformas antecipadas (para trabalhadores com 57 anos ou mais) ou em rescisões por mútuo acordo. Neste caso, quem sair em rescisão por acordo não acede a subsídio de desemprego.

O BCP arrancou esta semana o plano de redução de trabalhadores e começou a contactar cada um dos trabalhadores que aceite sair e a apresentar as condições da rescisão (incluindo o valor das indemnizações). Tal como o Jornal Económico avançou, entre as condições da rescisão por mútuo acordo está o pagamento de uma indemnização de 1,4 ordenados por ano de trabalho. Inicialmente o BCP queria propor 1,3 ordenados, mas na sequência da reunião com sindicatos subiu o valor a pagar pelas saídas voluntárias.

O  processo de negociação voluntária decorre até 18 de agosto, tendo o banco comunicado aos sindicatos que, se não atingir a meta (de reduzir ligeiramente acima de 800 pessoas) pode avançar com o despedimento coletivo em setembro. Os sindicatos prometem dar luta se o BCP avançar com o processo de rescisão unilateral.

O BCP tem atualmente em Portugal 7.004 colaboradores.

Na apresentação feita aos sindicatos, a que a Lusa teve acesso, o BCP indica que o despedimento coletivo, cumprindo as condições legais, abrange “todos os que não aceitem o processo de negociação”. Já em 9 de junho, numa comunicação interna o presidente do banco tinha falado em “medidas unilaterais de redução do número de trabalhadores”.

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