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BCP vende acções da Pharol e já só tem 1,95%

Depois de ter herdado uma participação de 9,99% da Pharol, eis que as ações foram sendo vendidas aos poucos e neste o momento a imputação de direitos de voto na qualidade de credor beneficiário de penhores financeiros está reduzida a 1,95%.
  • Cristina Bernardo
29 Novembro 2019, 17h17

O BCP herdou uma participação de 10% da Pharol devido ao incumprimento de um financiamento feito pela High Bridge, que o mercado via como ligada ao empresário brasileiro Nelson Tanure. Em agosto deste ano e dois anos depois de o banco ter vendido a posição na Pharol, herdada da Ongoing, o BCP voltou a ter uma participação na antiga PT SGPS. Em causa estava o incumprimento da High Bridge, a quem o banco tinha vendido as ações através de um financiamento de 13 milhões de euros.

Mas em setembro, a High Bridge Unipessoal, que detinha uma posição de 9,99% na Pharol reduziu a posição na empresa liderada por Luís Palha da Silva para cerca de 5%, tendo usado o encaixe para pagar ao BCP.

Em comunicado ao mercado era referido que a posição da High Bridge que estava dada ao BCP como colateral era agora de 4,88% do capital da Pharol.

A “imputação de direito de voto inerentes que resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações (as quais continuam a ser detidas pelo respetivo titular) e que presentemente permitem ao Banco Comercial Português vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto”, segundo foi revelado pelo banco quando ficou com o direito de vender as ações da High Bridge.

Se o BCP exercer o penhor, o objetivo do banco passa por alienar os títulos. Ora o BCP anunciou hoje ao mercado a redução de imputação de direitos de voto na qualidade de credor beneficiário de penhores financeiros (art. 20.º, n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários), em resultado da alienação de ações da Pharol.

O BCP conta agora com uma participação de 1,95%, ou 17.457.321 ações.

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