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BE e PCP a tutelar ministérios num Governo socialista? “Pouco provável”, considera Carlos César

Presidente do PS defende, no entanto, que a atual solução governativa foi um modelo inovador em Portugal e que permitiu grandes avanços e bons resultados.
O presidente do PS, Carlos César em conversa com o secretário-geral do partido, António Costa
18 Março 2019, 17h00

O presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, considera pouco provável que o Bloco de Esquerda (BE) ou o Partido Comunista (PCP) venham a tutelar ministérios num Governo socialista. Em entrevista à rádio Antena 1, Carlos César defende, no entanto, que a atual solução governativa foi um modelo inovador em Portugal e que permitiu grandes avanços e bons resultados.

“Creio que esta experiência política portuguesa teve até agora um grande sucesso. É uma confluência governativa sem precedentes, que permitiu o desenvolvimento ao longo da legislatura da estabilidade de um projeto governativo, assente, por um lado, num acordo com os diferentes partidos políticos e, por outro lado, no programa do Governo”, afirmou Carlos César, à Antena 1.

O presidente socialista lembra que foi graças à ‘geringonça’ que foi possível a execução do programa nacional de reformas e do programa de estabilidade, bem como “a aprovação de uma larga maioria de propostas apresentadas pelo PS e pelo Governo no Parlamento” e outros avanços em áreas como a económica, financeira e de defesa nacional.

“O PS assumiu, no conjunto desta legislatura, um papel que nenhum outro partido político em Portugal tem conseguido fazer de forma plena”, defendeu.

Carlos César considera que é possível replicar o modelo de governação nas próximas eleições legislativas, mas defende que, nas circunstâncias atuais, não é expectável que Bloco de Esquerda (BE) ou o Partido Comunista (PCP) venham a assumir pastas num Governo do PS.

“Evidentemente que para que existisse um Governo do PS que integrasse o BE, este teria de alterar alguns dos seus posicionamentos sobre matérias que hoje considera essenciais e teria de haver, naturalmente, uma correlação de forças diferente dentro do BE. Nas circunstâncias atuais, dificilmente veria a Catarina Martins como ministra dos Negócios Estrangeiros ou o Jerónimo de Sousa como ministro da Defesa Nacional”, afirmou.

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