[weglot_switcher]

BE vai questionar Governo sobre vídeo com responsáveis de recursos humanos da TAP

A deputada do BE, Isabel Pires comentou o vídeo de recrutamento da TAP e recordou que a empresa aérea portuguesa anunciou que pode avançar para o despedimento coletivo de até 200 trabalhadores no início de julho.
  • José Sena Goulão/Lusa
15 Junho 2021, 12h45

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Isabel Pires apontou, esta terça-feira, que o partido vai questionar o Governo sobre o vídeo de recrutamento da TAP que sucede ao anúncio dos despedimentos.

Em causa está um vídeo publicado pelo diretor de Recursos Humanos da TAP, Pedro Ramos, onde relata a sua experiência na contratação de pessoal em Espanha para a companhia aérea. 

Depois de ter sido noticiado o vídeo de Pedro Ramos, Isabel Pires escreveu no Twitter: “Questionaremos hoje mesmo o Governo sobre esta situação, porque não se pode aceitar um despedimento coletivo e depois anunciar recrutamentos com esta desfaçatez”.

“Há várias questões que se colocam, para além da vergonha absoluta que é todo o vídeo. Quanta falta de noção da realidade vivida por milhares de trabalhadores da TAP é preciso ter para se fazer um vídeo daqueles?”, questionou a bloquista, acrescentando que “enquanto se fala em despedimento coletivo já no início de junho, e depois de milhares de trabalhadores que durante 2020 e 2021 saíram da TAP, está, ou não, a haver recrutamento”.

A TAP anunciou hoje que vai abrir um processo de inquérito aos dois responsáveis de recursos humanos que surgem em vídeo  a comentarem as contratações da companhia aérea em Espanha.

A tutela de Pedro Nuno Santos já criticou o vídeo de dois responsáveis de recursos humanos da TAP em que comentam as contratações em Espanha. Pedro Nuno Santos disse mesmo estar “indignado” com o conteúdo do vídeo e por parte de duas pessoas com “elevadas responsabilidades na companhia”.

De recordar que a 5 de junho a TAP enviou uma carta a mais de 200 trabalhadores a comunicar-lhes que vão sair do regime de lay-off. No comunicado a empresa justifica que a “decisão decorre da necessidade de serem perspetivadas medidas unilaterais de cessação da relação laboral, nos termos do plano de reestruturação da empresa, face ao excesso de postos de trabalho que ainda perdura, que pressupõem a observância de um prazo de dilação de 30 dias”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.