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Bélgica prolonga medidas de confinamento mais oito semanas

“Esta situação ainda será mantida pelo menos durante oito semanas”, referiu a ministra, sublinhando que esta medida se destina a gerir o afluxo de doentes às urgências hospitalares e a baixar a curva da contaminação.
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23 Março 2020, 10h42

A Bélgica vai manter as medidas de confinamento social durante mais oito semanas, disse a ministra belga da Saúde, Maggie de Block, numa entrevista ao jornal De Zondag, publicada no domingo.

“Esta situação ainda será mantida pelo menos durante oito semanas”, referiu a ministra, sublinhando que esta medida se destina a gerir o afluxo de doentes às urgências hospitalares e a baixar a curva da contaminação.

“O que pedimos às pessoas não é fácil, temos de ajustar os nossos hábitos quotidianos. Mas não há alternativa”, referiu De Block.

Desde o dia 17 de março que os residentes na Bélgica só podem sair de casa para comprar comida, ir ao médico ou assistir pessoas com necessidades.

É permitida a ida ao cabeleireiro, desde que seja uma pessoa de cada vez, e a prática de exercício físico no exterior, no máximo a dois e em regime de coabitação, respeitando a distância mínima de 1,5 metros das outras pessoas.

As escolas e universidades estão fechadas e a maior parte dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho, incluindo os funcionários das instituições da União Europeia.

Segundo os números mais recentes, hoje divulgados, foram registados 3.401 casos da covid-19, com 75 mortes e 340 doentes já recuperados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.093 casos, tendo sido registados 3.270 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.820 mortos em 33 mil infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23 mil casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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