A BIAL acaba de assinar um contrato de licenciamento com a empresa farmacêutica Amneal, para a comercialização, nos Estados Unidos, do seu medicamento para a doença de Parkinson, ONGENTYS (opicapona). Este acordo, que a Bial dá a conhecer em comunicado, “vem reforçar a aposta da farmacêutica nacional no mercado norte americano onde, através de parcerias, tem operações comerciais desde 2014 e presença própria desde 2020”.
A Amneal é uma empresa farmacêutica global que conta com um portfólio diversificado de medicamentos, sobretudo na área do sistema nervoso central, e passará a ser, a partir de 2024, responsável pela comercialização do segundo medicamento de patente portuguesa direcionado para a doença de Parkinson no importante mercado norte-americano.
“Com esta nova parceria, que agora estabelecemos com a Amneal, queremos ampliar e garantir que o nosso medicamento está acessível a cada vez mais doentes nos EUA, impactando positivamente a sua qualidade de vida”, afirma António Portela, citado pelo documento.
O CEO da BIAL salienta ainda que “a nossa estreia no mercado norte americano foi em 2014, já há quase dez anos, e temos a ambição de continuar a crescer naquele que é o maior mercado farmacêutico mundial. É muito relevante crescermos nos mercados internacionais para continuarmos a gerar recursos para o nosso caminho na Investigação e Desenvolvimento nas áreas das neurociências e doenças raras”.
A opicapona é o segundo fármaco de inovação da BIAL. Comercializado desde 2018 no mercado nacional é hoje um medicamento global presente na vida de cerca de 80 mil doentes. Este fármaco foi recentemente lançado na Eslovénia e Croácia, depois de em fevereiro do corrente ano ter sido iniciada a sua comercialização na Austrália. No ano passado passou a estar disponível para os doentes da República Checa, Eslováquia, Irlanda e Islândia. Está também comercializado nos países nórdicos, Suíça, Coreia do Sul e Taiwan, para além dos grandes mercados farmacêuticos europeus, caso de Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália, dos EUA e do Japão.
A BIAL foi a empresa com mais despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal, em 2021, num montante superior a 81,6 milhões de euros, de acordo com os resultados definitivos do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN21), publicados pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC).
Os medicamentos de investigação BIAL são hoje marcas globais e foram potenciadoras da transformação da empresa, possibilitando que a companhia, diretamente ou através de acordos de licenciamento, esteja presente nos mercados mais competitivos a nível mundial. Os medicamentos BIAL chegam hoje a mais de 50 países, e a empresa tem filiais próprias nos principais mercados farmacêuticos europeus, caso de Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Suíça, tal como nos EUA. Atualmente, as vendas da BIAL nos mercados internacionais representam cerca de 75% da sua faturação, sendo Espanha e os EUA os seus principais mercados.
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