Os bilhetes para os jogos do Mundial do Qatar, que vai decorrer entre 21 de novembro e 18 de dezembro deste ano, foram colocados à venda esta quarta-feira no site da FIFA.
A entidade que rege o futebol mundial apostou num sistema de sorteio que permite aos espectadores comprarem ingressos que começam nos 61 euros, um montante que dispara exponencialmente para a final da competição – entre 604 dólares (cerca de 532 euros) e 1,600 dólares (1.410 euros).
A tabela de preços divide-se por jogos, categorias e público, sendo o custo dos bilhetes para os adeptos estrangeiros e destinado à fase de grupos de 61 euros (250 riais) e em torno de 10 euros (40 riais) para os locais.
“Este é um Campeonato Mundial da FIFA para o Qatar, para a região e para o mundo, e os produtos lançados hoje reflectem o objetivo da FIFA de levar o belo jogo ao maior número possível de adeptos a nível mundial”, comentou a Secretária-Geral da FIFA, Fatma Samoura.
Os bilhetes mais caros da final custam 1.416 euros (5.850 riais), mais 46% do que o cobrado no Mundial de 2018 (969 euros), enquanto os mais baratos para adeptos internacionais Qatar estão à venda por 533 euros (2.200 riais).
“O primeiro Campeonato Mundial da FIFA no Médio Oriente e no mundo árabe será um evento extraordinário e, juntamente com os nossos parceiros, titulares de direitos e outros interessados, o Qatar mal pode esperar para reunir os adeptos para celebrar a sua paixão partilhada pelo futebol, experimentar uma nova cultura e desfrutar de tudo o que o nosso país e região têm para oferecer”, pronunciou-se, por sua vez, Nasser Al Khater, o CEO da FIFA World Cup Qatar 2022 LLC.
O Mundial do Qatar tem estado envolto em controvérsia com acusações de graves violações dos direitos humanos durante os mais de dez anos de preparação da competição.
Várias personalidades do mundo do futebol têm-se mostrado contra a realização do evento, entre as quais Eric Cantona.
Na semana passada, o antigo internacional francês juntou-se às vozes críticas da competição, admitindo que não vai assistir ao campeonato.
“Pessoalmente, não vou assistir. É só sobre o dinheiro. E é horrível como trataram as pessoas que construíram os estádios. E milhares de pessoas morreram e mesmo assim vamos celebrar o campeonato do mundo”, foram algumas das palavras do antigo internacional francês numa entrevista concedida ao “Daily Mail”.
Mais de 6.500 trabalhadores migrantes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka morreram no Qatar desde que o país garantiu os direitos para organizar o evento há 11 anos, segundo o “The Guardian”, que fala numa média semanal de 12 mortes.
Também a Amnistia Internacional tem insistido na denúncia das violações de direitos humanos no país, revelando que milhares de migrantes são explorados no país e “milhares estão em risco”.
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