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Bloco de Esquerda pede “força suficiente” em Almada para um “acordo à esquerda”

Catarina Martins – acompanhada pela recandidata e vereadora à Câmara de Almada, Joana Mortágua – desembarcou nesta estação de metro, vinda do centro da cidade, onde fixou, em declarações aos jornalistas, metas do partido para uma das disputas eleitorais autárquicas mais mediáticas.
  • “Temos barragens a mais, as barragens provocam evaporação, portanto nós estamos sempre a perder água e isto é um problema muito complicado.”
22 Setembro 2021, 14h29

A coordenadora do BE pediu esta quarta-feira “força suficiente” em Almada para “um acordo à esquerda”, considerando que a questão não é se “PCP vai fazer o que nunca fez ou se PS vai fazer agora o que não quis”.

“Circula com um atraso de 13 anos” era o que se lia num cartaz que imitava os habituais painéis com informações sobre a circulação de transportes públicos e que foi hoje colocado pelo BE na paragem junto ao polo da universidade Nova de Lisboa para reclamar o cumprimento da promessa com mais de uma década do Metro de Almada chegar finalmente à Costa da Caparica.

A líder do BE, Catarina Martins – acompanhada pela recandidata e vereadora à Câmara de Almada, Joana Mortágua – desembarcou nesta estação de metro, vinda do centro da cidade, onde fixou, em declarações aos jornalistas, metas do partido para uma das disputas eleitorais autárquicas mais mediáticas.

“A força do Bloco é determinante para o que vai acontecer em Almada e o Bloco precisa de ter mais força do que a direita porque isso vai consolidar uma solução do Governo de Almada que resolva pela primeira vez o que nunca foi resolvido até agora”, começou por responder.

Questionada sobre a disponibilidade do partido para um eventual acordo pós-eleitoral, por exemplo com a CDU, Catarina Martins foi perentória.

“A questão aqui não é se PCP vai fazer o que nunca fez ou se o PS vai fazer agora o que não quis fazer. É se o Bloco de Esquerda tem força suficiente para na autarquia fazer um acordo à esquerda que comece a resolver os problemas de Almada, de habitação, de transportes, de igualdade”, enfatizou.

O Bloco, segundo a sua líder, “tem um mandato muito claro” e sabe aquilo “pelo que luta” na cidade onde Joana Mortágua foi vereadora este mandato, insistindo na necessidade de “resolver problemas que durante décadas não foram resolvidos”, dando o exemplo dos bairros de lata que Almada ainda tem.

“Não foi resolvido até há quatro anos, mas depois também não se avançou nada”, criticou, um recado para comunistas e socialistas.

Antes, a também deputada na Assembleia da República Joana Mortágua tinha lembrado que esta promessa da ligação até à Costa da Caparica “é tão antiga que ela já vem desde a inauguração do metro”.

“Agora, em plena eleitoral, apesar do investimento não estar previsto na bazuca, ao contrário do Metro de Lisboa ou da expansão do Metro do Porto, a candidata do PS disse que tinha garantias do primeiro-ministro de que a expansão do metro à Costa da Caparica era para avançar. Nós fizemos um desafio: que garantias são essas?”, questionou.

Até hoje, continuou a bloquista, “essas garantias não apareceram”, exigindo que esta “questão da expansão do metro é mais do que uma promessa em tempos de eleições”.

“Esta exigência é consensual. O problema é saber se o Governo dá ou não dá, deu ou não deu garantias à presidente de Almada em relação a este investimento porque investimentos como estes não podem ser decididos na sede o Rato, entre camaradas”, explicou.

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