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Bloco de Esquerda propõe criminalização de terapias de reconversão sexual

O projeto do BE sugere que os autores da intervenção fiquem proibidos de exercer profissão, emprego, funções ou atividades, públicas ou privadas, durante um período que poderá durar até 20 anos.
17 Maio 2021, 19h28

O Bloco de Esquerda (BE) avançou, esta segunda-feira, com um projeto de lei que visa proibir as intervenções que procuram forçar uma “alteração” da orientação sexual, identidade de género e expressão.

“É absurdo e abusivo descrever estas práticas com ‘terapêuticas’, pois, além de não existir nada para ‘curar’, não correspondem a processos mediados por um profissional de saúde, baseados em conhecimento científico e que tenham como objetivo melhorar o estado de saúde de uma pessoa”, considerou a deputada Fabíola Cardoso no projeto avançado no mesmo dia em que se celebra Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

O projeto do BE sugere que os autores da intervenção fiquem proibidos de exercer profissão, emprego, funções ou atividades, públicas ou privadas, durante um período fixado entre dois e 20 anos, quando nesse exercício existir contacto regular com menores, mas a vítima não for menor. Nos casos em que a vítima é menor, os bloquistas pretendem que a proibição de exercício de funções suba para um mínimo de cinco anos. E no caso de o crime ser praticado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a pena é agravada.

O BE propôs também que a pena de prisão até três anos ou com pena de multa para quem publicitar, facilitar, promover ou praticar esforços continuados, medidas ou procedimentos que visem alterar a orientação sexual de outra pessoa, a sua identidade de género ou expressão de género.

 

 

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