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Bloco de Esquerda reafirma necessidade de medida que proíba empresas com lucros de despedir

Segundo Catarina Martins a iniciativa vai dar entrada no Parlamento ainda esta semana.
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António Cotrim/Lusa
12 Julho 2021, 17h30

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu medidas do partido relativamente aos direitos dos trabalhadores, esta segunda-feira. Entre as medidas está proibir empresas com lucros de despedir os funcionários.

À margem de um encontro do trabalhadores do Santander, Catarina Martins explicou que o BE tem três iniciativas no sentido de acautelar que os direitos laborais são cumpridos.

“Por um lado, estamos a pedir à Autoridade para as Condições do Trabalho para investigar as práticas de assédio, práticas ilegais que estão a ser vividas nestas empresas. Por outro lado, queremos a alteração do Código do Trabalho para que não seja tão barato despedir e tão fácil substituir trabalhadores do quadro por trabalhadores de outsourcing, que é uma forma de extinguir postos de trabalho permanentes. E em terceiro lugar, aquilo que propomos neste tempo de pandemia é que haja lugar a uma medida especial que proíba as empresas com lucros de despedir”, referiu a bloquista.

Segundo a líder do BE as medidas do partido surgem por existirem algumas empresas a aproveitarem-se da pandemia. “Há um grupo de empresas que estão a aproveitar o período pandémico para proceder a um abaixamento dos salários e dos direitos dos trabalhadores”, contou Catarina Martins.

“Na semana passada estive com trabalhadores da Altice, hoje com trabalhadores do Santander, mas há outras empresas, como o BCP, que estão a aproveitar a pandemia para baixar os salários”, sublinhou a bloquista.

Catarina Martins adiantou ainda que “a iniciativa vai dar entrada ainda esta semana na Assembleia da República”. “Temos andado a negociar vários dossiers sobre o trabalho e temos vindo a dizer que é urgente alterar as condições laborais, já que estas empresas estão a aproveitar a pandemia para despedir, mesmo tendo lucros, porque usam o Código de Trabalho imposto pela Troika”, completou.

 

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