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Bloco de Esquerda rejeita existência de “paraministros”

O partido diz que só negoceia com membros do Governo, depois de vir a público que o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva “tornou-se uma espécie de ‘paraministro’”.
30 Maio 2020, 15h24

O Bloco de Esquerda só negoceia com membros do Governo e rejeita a existência de “paraministros”, afirmou este sábado a coordenadora do partido, comentando a manchete do “Expresso” segundo a qual um gestor petrolífero está a assumir esse papel.

O semanário escreve que o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva “tornou-se uma espécie de ‘para-ministro’” e que “já acompanhou Costa em reuniões com empresários e já começou as reuniões com cada um dos ministros”, a primeira das quais com o titular da pasta do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

“O senhor primeiro-ministro é aconselhado por quem acha que pode fazer esse trabalho, é livre de o escolher. O Bloco de Esquerda, naturalmente, negoceia com membros do Governo, como fez até agora e como mandam, aliás, as regras da boa transparência da nossa democracia”, afirmou, salientando que “a figura de para-ministro não pode existir”.

No Expresso escreve-se que Costa Silva já está a negociar um plano de retoma da economia e que se vai reunir com parceiros e partidos.

“As pessoas que têm competência para tomar decisões em Portugal, que estão sujeitas não só a um regime de incompatibilidades e impedimentos estritos como de transparência sobre os seus rendimentos são membros do Governo: ministros e secretários de Estado”, apontou Catarina Martins.

Questionada sobre a hipótese de ser António Costa Silva a suceder ao atual ministro das Finanças, Mário Centeno, a coordenadora do Bloco afirmou não ter nenhum comentário, salientando que essa é uma decisão que compete ao primeiro-ministro.

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