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Boeing e sindicatos chegam a acordo. Greve chega ao fim

Esta greve interrompeu a produção do modelo mais vendido do fabricante de aeronaves, o Boeing 737 MAX, mas também dos modelos 767 e 777.
Boeing
epa07435148 A screen shows stock pricing information for the Boeing company at the end of the of the trading day at the New York Stock Exchange in New York, New York, USA, 13 March 2019. The United States joined most of the rest of the world on the same afternoon in grounding all Boeing 737 Max 8 planes following two separate crashes involving the model that have raised safety questions. EPA/JUSTIN LANE
19 Outubro 2024, 17h45

Os sindicatos da Boeing colocaram um ponto final à greve que durava há cinco semanas, depois destes e da gigante da aviação terem chegado a um acordo favorável a todos os 33 mil trabalhadores, de acordo com a “Reuters”.

No entanto, o acordo que visa um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos ainda tem de ser votado e ratificado pela maioria dos membros da Associação Internacional de Maquinistas antes de entrar em vigor. Só quando quando este acordo for assinado é que os funcionários podem regressar ao trabalho e interromper a greve que dura há quase dois meses.

Esta greve interrompeu a produção do modelo mais vendido do fabricante de aeronaves, o 737 MAX, mas também dos modelos 767 e 777. Para já não se sabe quanto tempo é que a empresa vai demorar até retomar a programação de conclusão e entrega dos aviões.

“Recebemos uma proposta negociada de resolução da greve que merece ser analisada e apresentada aos nossos membros”, apontou o sindicato na rede social X. A anterior proposta colocada em cima da mesa pela Boeing tinha sido rejeitada por unanimidade, com a empresa a propor um aumento de 30%, tendo sido severamente criticado pelos trabalhadores.

Mais recentemente, e já durante a greve dos funcionários, a Boeing revelou a intenção de despedir 10% dos seus trabalhadores nos próximos meses, o equivalente a 17 mil pessoas. Esta redução da força de trabalho serve para combater a perda de dinheiro e a tentativa de lidar com problemas laborais e de produção.

Esta redução vai incluir executivos, gestores e a produção. A Boeing possui perto de 170 mil trabalhadores em todo o mundo. “A nossa empresa encontra-se numa situação difícil (…) que exige decisões difíceis e teremos de efetuar mudanças estruturais para garantir a competitividade e a satisfação dos nossos clientes a longo prazo”, disse Robert Kelly Ortberg, CEO da Boeing, aos funcionários.

Além disso, a fabricante de aeronaves revelou ainda que adiou o lançamento do novo modelo 777X para 2026, sendo que este deveria ser lançado para o mercado já no próximo ano.

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